Dilma sempre teve razão: o Brasil está sendo reconstruído depois do golpe

Deputado Padre João. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 (*) Por Padre João e Leleco Pimentel

  São 8 anos que tiraram a presidenta Dilma do poder rasgando a Constituição. Ali começavam anos e anos de sofrimento do povo brasileiro. Quem mais sofreria com essa manobra antidemocrática seriam as minorias e a população mais pobre. Os direitos trabalhistas retrocederam, a previdência praticamente foi desmontada, o país voltou ao mapa da fome, vimos a pior gestão de uma pandemia da história, o desmatamento avançou, tornamos o país com mais agrotóxicos liberados no mundo. Nunca desistimos e pela força do povo voltamos com Lula ao poder. Vamos seguir fortes na reconstrução do país.

Como disse a presidenta em seu discurso após o golpe: “O golpe é contra os movimentos sociais e sindicais e contra os que lutam por direitos em todas as suas acepções: direito ao trabalho e à proteção de leis trabalhistas; direito a uma aposentadoria justa; direito à moradia e à terra; direito à educação, à saúde e à cultura; direito aos jovens de protagonizarem sua história; direitos dos negros, dos indígenas, da população LGBT, das mulheres; direito de se manifestar sem ser reprimido”.

Voltemos a 2022, último ano do desgoverno do futuro presidiário, para retratar como o discurso da Dilma é traduzido claramente. Cada vez mais movimentos sociais, sindicatos, minorias foram atacadas e criminalizadas. A reforma trabalhista tirou direitos dos trabalhadores e a reforma da Previdência restringiu as possibilidades de aposentadoria. Tivemos o pior programa de moradia da história. O país voltou ao mapa da fome e vimos a cena de pessoas desesperadas brigando por um osso para comer.

Dilma sempre foi gigante e uma guerreira. E ela profetizou mais uma vez: “Esta história não acaba assim. Estou certa que a interrupção deste processo pelo golpe de Estado não é definitiva. Nós voltaremos. Voltaremos para continuar nossa jornada rumo a um Brasil em que o povo é soberano. Proponho que lutemos, todos juntos, contra o retrocesso, contra a agenda conservadora, contra a extinção de direitos, pela soberania nacional e pelo restabelecimento pleno da democracia”.

Lutamos. Vimos uma quadrilha de Curitiba fazer de tudo para criminalizar o Lula. Ele foi preso injustamente. E lutamos. Resistimos. Não desistimos. O tempo mostrou bem quem eram os criminosos. Enquanto Lula voltou à presidência sendo inocente, Sergio Moro, Deltan Dallagnol e Gabriela Hardt estão no banco de réus por tentativa de corrupção durante a Operação Lava-Jato. Eles queriam desviar R$2 bilhões para um fundo privado.

Reconstrução

2023 foi um ano da colheita, da reconstrução. O país estava destruído. O presidente Lula voltou e com ele o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o emprego, a baixa da inflação e o crescimento da economia retornaram.

A economia brasileira avançou 2,9% em 2023, primeiro ano do governo Lula, superando todas as expectativas do mercado. A inflação caiu para 4,62%, mais do que a metade de 2021. Subimos para a nona maior economia do mundo. A renda do trabalho dos brasileiros tem a maior alta desde o Plano Real em 1994. E vivemos a menor taxa de desemprego desde 2014: 7,8%.

O Bolsa Família teve o maior número de famílias atendidas, totalizando 21,3 milhões, e o maior valor investido da história, R$7,8 bilhões ao longo de 2023. A moradia voltou e é prometido 2 milhões de casas no Minha Casa, Minha Vida, sendo que em 2023 já foram contratadas 500 mil unidades, superando a meta que era de 350 mil.

O PAA é importantíssimo no combate à fome e na geração de renda do campo. Foram investidos R$1 bilhão no ano passado. A alimentação escolar recebeu reajuste de 38%, investindo em comida de qualidade para as nossas crianças.

O governo Lula não para de trabalhar e podemos ficar aqui escrevendo até amanhã para mostrar todos os grandes feitos dessa volta do presidente. A reconstrução do Brasil não passa somente na economia, renda, educação e saúde, temos o desafio do enfrentamento do movimento antidemocrático. Estava em plano um golpe de estado. Temos muito a reconstruir. Juntos vamos colocar o Brasil no rumo do crescimento. Precisamos agora de união e muito trabalho.

2024 é para ser o ano da colheita e do avanço. Vamos fortes fazer o melhor pelo Brasil.

Por fim, finalizamos agradecendo a presidenta Dilma por tudo que ela fez pelo país. Com certeza é uma das maiores mulheres da história desse país.

*Padre João é deputado federal (PT-MG) e Leleco Pimentel é deputado estadual (PT-MG)

 

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