A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (11) que a melhora na situação hidrológica nos reservatórios brasileiros deverá resultar em uma redução entre 15% e 20% no valor adicional pago pela energia elétrica. O valor adicional é indicado pelas bandeiras verde, amarela e vermelha, mecanismo adotado nas contas de luz para informar ao consumidor se ele está pagando mais caro pela energia.
Apesar da melhora do nível dos reservatórios, ainda não está prevista mudança da bandeira vermelha para a amarela, informou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante o lançamento do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE).
A redução dos valores será possível graças ao desligamento de 21 usinas termelétricas que produziam cerca de 2 mil megawatts (MW) médios de energia a um custo alto. “Tenho certeza de que agora estamos numa situação bem melhor, e esse encarecimento do fornecimento de luz começará a ser progressivamente revertido”, disse a presidenta, ao lembrar que, no último sábado (9), algumas termelétricas começaram a ser desligadas.
O deputado Fernando Marroni (PT-RS), que integra a Comissão de Minas e Energia, explicou que o uso das termelétricas neste momento de crise hídrica integra um planejamento muito bem estruturado do setor elétrico – em curso no decorrer de todos os governos Lula e Dilma – e que evitaram mesmo num período de longa estiagem no País a ocorrência de apagões, como o que ocorreu em 2001, durante o governo FHC.
“Tivemos agora o suprimento de energia garantido em todo o País, e quanto mais rapidamente passar essa crise hídrica mais rapidamente também os consumidores sairão ganhando. Importante destacar que, se não fosse a redução da tarifa de energia implementada em 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, os valores estariam muito mais elevados hoje”, destacou Marroni.
Possibilidade de redução – De acordo com a presidenta Dilma, o desligamento das termelétricas vai permitir a redução de até 20% do custo dentro da bandeira vermelha. “Mas isso é uma estimativa”, destacou Dilma. O ministro Eduardo Braga informou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai abrir audiências públicas para definir de quanto será essa redução da bandeira vermelha.
“[A situação atual dos reservatórios] abre oportunidade para que a Aneel possa, a partir desta semana, abrir discussão sobre novo valor par a bandeira vermelha. Todos os estudos apontam para uma redução de 15% a 20 % e que o novo valor da bandeira impacte nas contas a partir de setembro”, disse Braga. “Para o consumidor, o que pode acontecer é o valor da tarifa vermelha baixar dos atuais R$ 5,5 [por 100MW consumidos] para R$ 5 ou R$ 4,5. Essa é a nossa expectativa.”
Segundo o ministro, ainda não é possível mudar da bandeira vermelha para a amarela, porque o País passou por um intenso período seco. “Sem a recuperação dos nossos reservatórios, não teremos segurança entre o que temos de despacho de térmica para passar para a bandeira amarela. Isso significa dizer que ,só quando fizermos uma nova análise, no inicio do período úmido, poderemos migrar para a bandeira amarela”, afirmou Braga.
PT na Câmara com Agência Brasil
Foto: Roberto Stuckert Filho
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