Deputadas da Bancada do PT registraram pelo Twitter a passagem do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado nesta terça-feira (25). A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade à luta das mulheres negras da região, após a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, ocorrido em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana. Segundo as petistas, mais do que uma comemoração, a data deve servir para estimular a luta das mulheres contra o racismo, o machismo e a misoginia e por igualdade de direitos.
Nesse dia, também, desde 2014, de acordo com a Lei Nº 12.987, de 2 de junho, foi instituído o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII, é símbolo da luta contra a escravização de pessoas negras no Brasil. Ela liderou o quilombo do Quariterê por décadas e ficou conhecida também por trazer inovações na organização política e de defesa do quilombo.
“Hoje é Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, dia de luta, de se impor, de ocupar espaços, de mostrar que a mulher preta deve estar onde ela quiser. Vamos em frente nessa jornada antirracista contra a misoginia e o machismo e pelo protagonismo feminino”, escreveu em seu perfil no Twitter a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
Já a ativista em defesa da igualdade racial, deputada Dandara Tonantzin (PT-MG), lembrou a data homenageando em uma série de tuites a luta de mulheres negras pioneiras no País. Como exemplo, ela citou a atual Secretária da Mulher da Câmara e deputada Benedita da Silva (PT-RJ) – primeira mulher negra eleita para o Senado (1994) e a se tornar governadora estadual (do Rio de Janeiro, em 2022) – e Antonieta de Barros, primeira parlamentar negra do País eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em 1934.
“A nossa geração tem uma grande missão: dar continuidade a um legado ancestral. Todo lugar é o nosso lugar, vamos ocupar?!”, propôs a deputada mineira.
Outra parlamentar petista que também enalteceu a data foi a 2ª Secretária da Mesa Diretora da Câmara, a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
“Hoje é o dia de celebrar todas as conquistas dessas mulheres fortes e guerreiras. Ainda há muito trabalho para combater e desconstruir o racismo e as discriminações impostas às mulheres negras, sobre as quais pesam as maiores desigualdades. Me somo às lutas, dores e à poesia de cada uma, na certeza de que o feminismo antirracista e anticapitalista é o compromisso de luta para a igualdade de direitos e o fim da opressão. Por todas as Marielles, Elzas, Dandaras, Fátimas e Marias…por cada uma de nós, e por todas nós! ”, disse a petista.
Negras no Parlamento
E a deputada Reginete Bispo (PT-RS) destacou a importância de termos mulheres negras no Parlamento. “Primeiro porque nós, mulheres negras, somos o maior grupo populacional do País e precisamos estar representadas. Segundo porque a história de luta por justiça e liberdade, a resistência histórica nesse país foi feitas pelos povos indígenas e negros e, portanto, as mulheres negras estiveram à frente disso. Então nós trazemos conosco o legado histórico e ancestral que tem proposições para apresentar para o País mais justo, democrático e igualitário”, afirmou.
Reginete enfatizou ainda que não há democracia sem a presença das mulheres negras. “Porque como já disse Angela Davis ‘quando uma mulher se movimenta toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela’. Então democracia, justiça e liberdade passa pela nossa luta, nosso trabalho e, sobretudo, pela nossa representação nos espaços de poder e decisão”, reiterou.
Também lembraram a passagem da data pelo Twitter a deputada Ana Pimentel (PT- MG), além dos deputados Alencar Santana (PT-SP) e Washington Quaquá (PT-RJ).
Héber Carvalho