A taxa de desmatamento da Amazônia Legal- que abrange os estados da região Norte, Mato Grosso e parte do Maranhão- continua registrando os menores níveis históricos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a degradação da floresta caiu mais da metade entre março e abril de 2013, em comparação com o mesmo período do ano passado. A degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) de área verde atingiram uma área de quase 175 km² neste ano contra 292 km2, em 2012. Os dados foram registrados pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter).
Na avaliação de Márcio Macêdo (PT-SE), que integra a Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, “o sonho e a perseguição pelo desmatamento zero continuam, mas a redução da taxa de desmatamento da Amazônia Legal deve ser comemorada pela sociedade e, por nós, que temos a interface no desenvolvimento sustentável”, disse.
Para Macêdo, algumas ações foram “taxativas” para que isso acontecesse. “O uso de tecnologia de ponta, em que os focos de incêndio são verificados via satélite, através da parceria Ibama e órgãos ambientais; a proteção da biodiversidade e a manutenção da floresta de pé e o trabalho de conscientização pela cidadania colaboraram para a redução do desmatamento da Amazônia Legal”, afirmou.
Marcio Macêdo ressaltou, ainda, as ações implementadas pelo Ibama em conjunto com os órgãos estaduais e a Polícia no combate aos “delinquentes ambientais ” que promovem o desmatamento na Amazônia. Segundo ele, de agosto de 2012 a abril deste ano, o Ibama emitiu 3.547 autos de infração e multas no valor de R$ 1,5 bilhão. “Foram 213 mil hectares de terras embargadas e 65 mil metros cúbicos de madeira apreendidos”, advertiu o petista. Ele também destacou o compromisso voluntário assumido pelo Brasil para reduzir as emissões nacionais de gases causadores do efeito estufa em 36,1% a 38,9% até 2020.
“Com o combate ambiental e a diminuição do desmatamento, o Brasil atinge 80 por cento da meta, em 2013, portanto, sete anos antes do compromisso assumido pelo país para salvar o planeta”, comemorou o petista.
De acordo com o Inpe, Mato Grosso manteve a posição de estado que mais derruba árvores na região, com 83,57 km² de devastação nos dois meses analisados, e responde por 47% do total, seguido de Rondônia, Amazonas e Roraima.
Ivana Figueiredo com site PT no Senado.