Parlamentares da Bancada do PT na Câmara dos Deputados afirmaram que o índice recorde de desemprego no País, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (27), é fruto da incompetência do governo Bolsonaro na área econômica e no combate à pandemia de Covid-19 que assola o País. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo instituto, a taxa de desemprego alcançou 14,7% no trimestre encerrado em março – ou 14,805 milhões de desempregados -, o maior índice da série histórica iniciada em 2012.
Para o líder do PT na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass (RS), a política econômica de arrocho fiscal e de entrega do patrimônio público do governo Bolsonaro, aliado à incompetência no combate à pandemia, levaram o País a esse número desastroso.
“A ação criminosa fiscalista de Bolsonaro e Paulo Guedes, que promove cortes nos investimentos públicos e privatizações, aliada à política negacionista e genocida de combate ao Covid-19, mais a destruição ambiental incentivada pelo governo Bolsonaro, que afasta investimentos externos no País, são os principais fatores que estão destruindo a nossa economia e aumentando o desemprego e a informalidade no Brasil”, acusou o petista.
A pesquisa constatou ainda uma piora no mercado de trabalho. De acordo com o levantamento, 880 mil pessoas a mais perderam o emprego no trimestre pesquisado, em relação ao trimestre anterior (crescimento de 6,3%) e 1,956 milhão (15,2%) em relação a igual período de 2020. A informalidade (pessoas sem carteira assinada) atinge 39,6% da população ocupada.
Pelo Twitter, a presidenta nacional do PT e vice-líder do partido na Câmara, deputada Gleisi Hoffmann (PR), alertou que o alto número de desempregados no País também prejudica qualquer tipo de recuperação da economia.
“Já são 14,8 milhões de brasileiros sem emprego, reflexo da política econômica desastrosa de Guedes que prioriza o desmonte do Estado e não o trabalho. Desse jeito o país não vai se recuperar, a economia não vai crescer. É a força produtiva, o trabalhador que faz o dinheiro circular”, observou.
Segundo o IBGE, o número de ocupados no País também caiu. Nos últimos três meses a variação foi de – 0,6%, com redução de 529 mil e queda de 7,1% nos últimos 12 meses, que equivale a saída de 6,573 milhões de pessoas do mercado de trabalho. Atualmente o Brasil possui 85,650 milhões de ocupados.
Já os subutilizados (subempregados com número de horas trabalhadas abaixo da expectativa) agora são 33,202 milhões, um aumento de 3,7% (1,2 milhão a mais) no atual trimestre em relação ao anterior, e de 20,2% (mais 5,6 milhões) em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a PNAD Contínua, o País também bateu recorde no número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego por falta de oportunidades). Esse grupo agora soma 5,970 milhões de pessoas, com alta de 25,1% na comparação com igual período de 2020.
Leia abaixo outras manifestações de petistas no Twitter sobre o recorde de desemprego:
Deputado Rogério Correia (PT-MG) – “Governo genocida de Bolsonaro destruindo o Brasil!”
Deputado Rubens Otoni (PT-GO) – “A política econômica equivocada de Guedes e Bolsonaro leva o Brasil a maior taxa de desemprego desde 2012. Em plena pandemia querer fazer corte de gastos e ajuste fiscal só podia dar nisso. Quase 25 milhões de pessoas à procura de trabalho”.
Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) – “Resultados sociais desastrosos da ação do ministro Paulo Guedes: Desemprego bate recorde e chega a 14,7%. Subutilizados são 33,2 milhões. Informais são 39,5% da população”.
Deputado Enio Verri (PT-PR) – “Não se fala em ação para reduzir esse número, não tem programa de criação de postos de trabalho, só há deserto de políticas no ministério de Guedes. Lamentável carregarmos tantos índices negativos”.
Héber Carvalho com Rede Brasil Atual