O ministro dos Transportes, Renan Filho, reuniu-se com o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), e com os parlamentares petistas Flávio Nogueira (PI), Paulo Guedes (MG), Kiko Celeguim (SP), Leonardo Monteiro (MG), Denise Pessôa (RS), Ana Paula Lima (SC), Carlos Veras (PE), Zé Neto (BA), Marcon (RS) e Rubens Otoni (GO) para tratar sobre os investimentos nas rodovias federais do Brasil.
Somados os valores definidos no orçamento deste ano e na Emenda Constitucional do Bolsa Família, aprovada no fim de 2022, a atual gestão federal assegurou R$ 18,8 bilhões a serem aplicados na logística nacional de transportes, o que iguala a capacidade de investimento aos patamares de 2016. Conforme o ministro, de lá para cá, a imposição do teto de gastos provocou o “enforcamento do investimento público”.
Governo Dilma
Em 2012, no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o orçamento era de R$ 55 bilhões, caiu para R$ 7 bilhões em 2022 e estava previsto apenas R$ 5 bilhões para o orçamento de 2023. “Isto significa apenas 10% do que era em 2012 e uma demonstração clara que não havia nenhuma prioridade para o investimento em infraestrutura no País”, observou Renan Filho.
O ministro ainda completou dizendo que “este ano tem um orçamento de R$ 18 bilhões e isso vai nos dar muita condição de fortalecer os investimentos do Ministério dos Transportes nos estados”.
Para o líder do PT, a reunião foi importante e muito produtiva. “O ministro pontuou muito bem como estavam os investimentos em infraestrutura, praticamente zerados, e como vamos resolver mais esse grande passivo deixado pelo governo anterior”, disse Zeca Dirceu.
Manutenção de Rodovias
Até o fim do ano, o Ministério prevê aplicar R$ 2,7 bilhões em obras e manutenção das principais rotas de escoamento. Neste cenário, além das 39 ações prioritárias, estão previstas outras 34 ações em obras de manutenção de rodovias, tanto no Arco Norte quanto no Corredor Sul Sudeste, até o fim do ano.
Paraná
Segundo o ministro, no Paraná, por exemplo, a pasta terá R$ 706 milhões para obras rodoviárias no estado em 2023. “Na manutenção no orçamento de 2023, temos R$ 305 milhões e R$ 220 milhões em construção e adequação – porque este projeto já leva em consideração a concessão (dos pedágios). Isso porque o Paraná está com pouco investimentos em construção. E de restos a pagar do ano passado são mais R$ 181 milhões”, explicou Renan Filho durante audiência com os parlamentares.
“São R$ 706 milhões. Isso representa um incremento de 235% com relação ao que foi em 2022. No ano passado, foram R$ 211 milhões. A maior parte desses recursos previstos, 70%, é para manutenção. Isso já foi um esforço que o governo fez para ampliar a capacidade de investimento. Isso não aconteceu só no Paraná, aconteceu em todo o Brasil”, completou.
Lorena Vale com Assessorias