Deputados do Parlasul repudiam prisão de Boulos e denunciam “Estado de exceção” no Brasil

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Parlamentares que fazem parte do Grupo Progressista do Parlasul divulgaram nota oficial, nesta terça-feira (17), condenando a prisão do coordenador do MTST, Guilherme Boulos, e denunciando a conformação no Brasil de um “Estado de Exceção que ataca os direitos civis e políticos e tenta neutralizar, com violência e autoritarismo, a oposição ao retrocesso neoliberal”. Confira a íntegra da nota.

Declaração do Grupo Progressista do Parlasul contra a prisão de Guilherme Boulos, líder do MTST

Os parlamentares da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela integrantes do Grupo Progressista do Parlasul repudiam a prisão arbitrária do companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) do Brasil.

Guilherme Boulos foi detido hoje (17/01/17) pela Polícia Militar de São Paulo quando facilitava o diálogo e acompanhava a reintegração de posse da “ocupação Colonial”, buscando um resultado em favor das mais de três mil pessoas que ocupavam dois terrenos particulares e um terreno da prefeitura de São Paulo. Boulos lutava pelo direito à moradia digna e uma solução pacífica para a disputa que ainda estava em mãos do Poder Judicial.

A prisão de Boulos, por suposta desobediência civil, é um sintoma da situação política e social que o Brasil e a região vivem com governos de direita que tentam criminalizar os movimentos sociais, eliminar as liberdades e os direitos sociais conquistados com muito esforço pelo povo nos últimos quinze anos. A Polícia Militar de Geraldo Alckmin (PSDB) viola claramente o direito à livre manifestação garantida pela Carta Magna brasileira.

No Brasil, o golpe cometido contra a presidente legitimamente eleita vem implementando um Estado de Exceção que ataca os direitos civis e políticos e tenta neutralizar, com violência e autoritarismo, a oposição ao retrocesso neoliberal.

Pela Bancada Progressista do Parlasul, nos solidarizamos com a luta popular do MTST e de todos aqueles movimentos sociais do Mercosul que buscam evitar retrocessos nesta nova onda de governos neoliberais na região.

#ForaTemer

Montevidéu, 17 de janeiro de 2017.

Tradução: Rogério Tomaz Jr.

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