Deputados debatem a situação caótica da pandemia no Amazonas e cobram solução

A situação caótica da pandemia da Covid-19 no Amazonas foi tema de uma audiência pública da Comissão Externa do Coronavírus da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (28). Os parlamentares presentes pediram explicações ao Ministério da Saúde e a Secretária Estadual de Saúde do Amazonas sobre a falta de oxigênio em Manaus. Os deputados da Bancada do PT na Câmara José Ricardo (AM), Alexandre Padilha (SP) e Jorge Solla (BA) participaram do debate.

“A situação do estado do Amazonas é crítica e chama a atenção, em particular, a cidade de Manaus. O mundo inteiro está vendo o que está acontecendo em Manaus, estão preocupados também com estas variantes que estão surgindo, que estão sendo confirmadas e que tem atingido a população”, afirmou o deputado José Ricardo.

Ele enfatizou que o quadro é crítico. “Do dia 1º até agora, nós temos mais de 2 mil mortes confirmadas. Nós temos, em menos de um mês, um acúmulo, uma coisa absurda, um pico, assim, inesperado, e realmente o drama é diário e permanente”.

Foto: Lula Marques

Oxigênio

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse que o estado precisará de mais oxigênio hospitalar. “Temos uma estimativa de que vamos precisar de mais oxigênio, porque no interior do Amazonas está crescendo a pandemia e o vírus está se espalhando de novo para o interior do estado”. O secretário disse ainda que “há uma preocupação grande porque a logística de oxigênio para o interior é mais complicada”.

Campêlo explicou que além das remoções de pacientes para outros estados, o governo estadual trabalha com medidas alternativas, como a instalação de mini-usinas de oxigênio para suprir a rede de saúde do Amazonas.

Para o deputado José Ricardo, todas as forças – inclusive as Forças Armadas e outras parcerias – deveriam se mobilizar efetivamente, e dar prioridade a Manaus e ao Amazonas para levar oxigênio e, com isso, ajudar a salvar vidas na capital e no interior do estado, porque, segundo o parlamentar, são os que mais precisam no momento.

O deputado defendeu ainda que todos os hospitais tenham usina de oxigênio. “Energia, oxigênio e água são itens fundamentais, prioritários, que tem que ter uma autonomia local. Eles têm tecnologia para isso, eu sei que tem equipamentos que a qualidade do oxigênio é uma, mas a tecnologia hoje já permite que você tenha uma maior qualidade, melhor distribuição, pressão adequada para o atendimento. É só querer. É só definir prioridades”, argumentou.

Planejamento

O deputado e ex-ministro da saúde Alexandre Padilha fez várias indagações sobre afirmações feitas pelo representante do Ministério da Saúde e pelo secretário de saúde do Amazonas. Ele questionou quais medidas estão sendo tomadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretária Estadual do Amazonas para combater a pandemia no estado e no Brasil, para que outros estados brasileiros não passem pelo mesmo colapso na saúde como Manaus.

Foto: Gustavo Sales/Ag.Câmara

Padilha também perguntou aos convidados sobre a nova variante do coronavírus encontrada no Amazonas. Segundo o assessor especial da Saúde, Ridauto Lúcio Fernandes, que falou na reunião em nome do Ministério da Saúde, a nova cepa tem características de maior transmissão e de maior letalidade.

“Baseado em quais dados, é muito importante que se esclareça, está se afirmando que esta cepa tem uma maior progressão, uma maior letalidade, que acomete mais gestantes e acomete mais crianças? Tem dados de internação? Quais são esses dados? Se não existem esses dados, são impressões, quais medidas o Ministério da Saúde e as autoridades do Amazonas estão tomando para o enfrentamento da pandemia? Está sendo feito estudo epidemiológico do risco?”, questionou Padilha.

De acordo com o assessor especial da Saúde, a Secretaria de Vigilância Sanitária e toda a estrutura do Ministério da Saúde estão buscando as comprovações cientificas e análises técnicas para embasar as decisões tomadas. Mas reconheceu que os resultados demoram para chegar e que ainda não tem comprovação de que a cepa é mais agressiva.

“Não dá para esperar a pesquisa. O que nós fazemos é atuar mais e, quando temos dúvidas se é necessário ou não, consideramos que é necessário. Quando temos dúvida se a cepa é mais ou menos agressiva, consideramos que ela é mais agressiva. Vamos atuar na direção de solucionar o problema de uma cepa que ainda não tem comprovação, mas que pode sim ser mais agressiva”, explicou Ridauto Fernandes.

Lorena Vale

 

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