Parlamentares da Bancada do PT na Câmara manifestaram apoio e solidariedade aos servidores da Casa que lançaram manifesto do Comitê Independente de Servidores da Câmara dos Deputados pela Legalidade e sofreram ação intimidatória em função da iniciativa. No manifesto, os servidores pedem respeito ao estado democrático de direito e repudiam “toda e qualquer tentativa de mudar governos popularmente eleitos que não seja na mais estrita observância da Constituição e das leis”.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) condenou a tentativa de criminalizar a iniciativa dos servidores. “É inadmissível que parlamentares tentem criminalizar a ação de servidores e servidoras desta Casa, que têm o direito conquistado nas salas escuras de tortura, na sua resistência, de se manifestarem. É um absurdo que servidores, ao distribuírem um manifesto chamando para ato deste dia 31, tenham que ser submetidos à apreciação do Departamento de Polícia desta Casa. É um absurdo que esse arbítrio esteja em curso neste momento tentando cassar a liberdade de expressão de servidores e servidoras desta Casa”, ressaltou.
O deputado Vicentinho (PT-SP) também saudou o Comitê pela Legalidade e afirmou que os trabalhadores e trabalhadoras devem estar atentos contra a tentativa de golpe em curso no país. “Cuidado, trabalhadores e trabalhadoras! Não se deixem levar pelo canto da sereia, sobretudo o da grande mídia, que até hoje tem atuado muito mais de acordo com o interesse da elite dominante deste País. É um absurdo que haja uma tentativa de golpe em curso neste País. A democracia será maior”, disse.
E o deputado Luiz Couto (PT-PB) repudiou a tentativa de impedir a livre manifestação dos servidores da Câmara. “ É fundamental que a sociedade possa expressar o seu pensamento. Nós não podemos aceitar isso dos arautos da ditadura, que hoje defendem aquele processo da ditadura brasileira, ocorrida em 31 de março de 1964. A democracia deve ser respeitada. Trata-se do Estado Democrático de Direito. Queremos manifestar essa nossa solidariedade e registrar esse manifesto do Comitê Independente de Servidores da Câmara dos Deputados, o Comitê pela Legalidade”.
Também manifestou solidariedade ao manifesto o deputado Leo de Brito (PT-AC). “Os servidores da Câmara dos Deputados têm direito de se manifestar, têm direito à liberdade de expressão e têm se posicionado a favor da democracia nesta Casa. Espero que não haja retaliações em relação a isso. Esta é uma Casa democrática”, destacou.
Gizele Benitz
Foto: Gustavo Lima