Deputadas do PT defendem Iriny Lopes e condenam banalização da mulher

iriny_ministraDeputadas do Partido dos Trabalhadores saíram em defesa da ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Iriny Lopes, que vem sendo mal interpretada por alguns setores da mídia, por se manifestar contra todas as formas de banalização da condição da mulher.

As críticas aconteceram após pedido de suspensão da propaganda de lingerie com a modelo Gisele Bündchen. E, ainda, depois de apoio da ministra ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo, insatisfeito com a repercussão de um quadro humorístico veiculado em rede de televisão, que banaliza o assédio sexual, problema enfrentado com frequência por mulheres que utilizam o transporte público coletivo.

Segundo a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) “querem criar uma situação constrangedora” para a ministra, que tem desempenhado um papel fundamental para as políticas públicas para as mulheres. “Os que criticam a postura de Iriny Lopes, acabam desvirtuando o papel da mulher e suas conquistas na sociedade. Não tem nada a ver com o nu artístico ou censura. É questão de leitura, de não ver a mulher apenas como objeto de desejo sexual”, ponderou.

O mesmo ponto de vista é defendido pelas deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Janete Rocha Pietá (PT-SP), que coordena a bancada feminina.

“A tendência é naturalizar estereótipos. Da mulher como objeto de desejo sexual e vítima da violência doméstica. Isso não é normal. A opressão e o poder midiático ferem o compromisso republicano”, afirmou Erika Kokay.

Para a coordenadora da bancada, Janete Pietá, a pior forma de tratar uma questão séria é do ponto de vista humorístico. “Temos que mudar o conceito da mídia no país”.

Esclarecimento – A Secretaria de Politicas Públicas para as Mulheres esclarece que em nenhum momento dirigiu qualquer solicitação à emissora de TV, para a retirada do ar de um dos quadros de humor do programa, mas reafirmou a importância do debate nos meios de comunicação de massa, importantes instrumentos de formação da sociedade.

A Secretaria negou ainda qualquer interferência da ministra ao sugerir a divulgação da Rede de Atendimento à Mulher e o Ligue 180 ao autor de uma novela da mesma emissora de televisão, que aborda o tema da violência doméstica.

Ivana Figueiredo

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