Diante do caso de racismo envolvendo o jogador brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, a deputada Dandara (PT-MG) reuniu-se com o Ministério das Relações Exteriores e oficiou o Ministério dos Esportes para pedir que seja criado um grupo interministerial de enfrentamento ao racismo no esporte. A parlamentar também se encontrou nessa segunda-feira (22) com a ministra de Estado, interina, das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha e com o embaixador da União Europeia, Ignacio Ybáñez, para conversar sobre o caso.
“O racismo estrutura a sociedade brasileira e está em todo lugar. No futebol não é diferente. Por isso, é preciso que haja a criação de um grupo interministerial de enfrentamento ao racismo no esporte, envolvendo Ministério dos Esportes, das Relações Exteriores, dos Povos Indígenas, de Direitos Humanos e da Igualdade Racial”, defendeu a parlamentar.
Segundo Dandara, esse grupo teria a missão de criar instrumentos para se evitar casos de racismo contra atletas brasileiros. “É preciso que esse grupo seja um espaço de promoção da prevenção e de combate ao racismo durante a prática de diferentes modalidades de esportes, como o futebol, com intuito de proteger e mitigar casos de racismo contra nossos atletas brasileiros, principalmente, no exterior”, apontou Dandara.
A ideia da petista é que o grupo interministerial também conte com a participação de representantes da sociedade civil, dos clubes e das confederações.
Embaixador da União Europeia
A deputada também participou de uma reunião com o embaixador da União Europeia, Ignacio Ybáñez, a fim de solicitar informações acerca das tratativas e providências tomadas pela União Europeia sobre os violentos casos de racismo que assolam os jogos de futebol dentro dos países membros da União Europeia.
“É preciso que haja algum tipo de responsabilização dos organizadores do campeonato espanhol de futebol, a La Liga. A impunidade diante de casos de racismo é sinal verde para que o futebol siga sendo, como disse o ministro Silvio Almeida [Direitos Humanos e Cidadania], um livre mercado do ódio. Não podemos permitir que sigam faturando com a discriminação contra nossos corpos. O lucro não pode estar acima das nossas vidas”, disse a parlamentar.
Assessoria de Comunicação da deputada Dandara