Décio Lima condena massacre em Orlando e cita Brasil como recordista em crimes contra LGBTS

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O deputado Décio Lima (PT-SC) em discurso na Câmara prestou nesta terça-feira (14) solidariedade aos familiares das vítimas que foram assassinadas no massacre de Orlando, no último domingo, nos Estados Unidos. Ao mencionar a violência e a intolerância que provocaram a morte de 49 pessoas que estavam em uma boate para o público LGBTS, Décio Lima fez uma comparação com os casos que também atingem brasileiros que são vítimas de homofobia. “Já somamos em torno de 365 pessoas assassinadas por ano só no Brasil”.

“O nosso país é o maior país do mundo nos índices de extermínio aos LGBTS. Responsabilidade que deve ser contabilizada a todos aqueles que alimentam discursos de ódio e preconceito contra toda a comunidade LGBT. E também aos parlamentares conservadores e fundamentalistas que dificultam a aprovação de leis que combatam e criminalizam a homofobia no Brasil”, detalhou.

Décio Lima pontuou que a dimensão da violência pode ser muito maior aqui no Brasil, já que os dados de mortes por homofobia somente são registrados quando for constatado a causa da morte. Ele reproduziu alguns dados divulgados pela imprensa do relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado em 2012 pela então Secretaria de Direitos Humanos. As estatísticas mostram o recebimento, pelo Disque 100, de 3.084 denúncias de violações relacionadas à população LGBT, envolvendo 4.851 vítimas.

“Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 166% no número de denúncias – em 2011, foram contabilizadas 1.159 denúncias envolvendo 1.713 vítimas. Segundo o relatório, esses números apontam para um grave quadro de violência homofóbica no Brasil. Foram reportadas 27,34 violações de direitos humanos de caráter homofóbico por dia. A cada dia, durante o ano de 2012, 13,29 pessoas foram vítimas de violência homofóbica”, disse Décio Lima, com base no relatório.

O relatório mostra ainda que, em 2012, 71% das vítimas eram do sexo masculino e 20% do sexo feminino. Algumas vítimas não declararam sexo. As violências psicológicas foram as mais reportadas, com 83,2% do total, seguidas de discriminação, com 74,01%; e violências físicas, com 32,68%.

Em 2012, foram divulgadas na mídia 511 violações contra a população LGBT, destas 310 foram homicídios. De acordo com o documento, as travestis foram as maiores vítimas de violência homofóbica, sendo 51,68% do total; seguidas por gays (36,79%), lésbicas (9,78%), heterossexuais e bissexuais (1,17% e 0,39% respectivamente).

PT na Câmara

Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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