CPI discute denúncias de abuso em categorias de base do futebol do Amazonas

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Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Câmara
 
A CPI da Exploração Sexual promoveu audiência pública na terça-feira (8)  para discutir denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes nas categorias de base do futebol do Amazonas.
 
O Presidente da Federação Amazonense de Futebol, Dissica Valério Tomaz, convidado para a audiência, afirmou que nunca recebeu denúncia de abuso ou exploração sexual nas escolinhas de futebol e disse que a ingerência da Federação em relação às escolas é mínima, já que elas são de cunho privado. Dissica afirmou que irá aguardar as investigações do Ministério Público e encaminhar o resultado aos tribunais de justiça desportiva.
 
A presidente da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), afirmou que “é preciso reconhecer o problema para enfrentá-lo. Não é ignorando as denúncias que vamos contribuir para o combate à violência sexual”, afirmou. A deputada sugeriu ao presidente incorporar à Ouvidoria da Federação um canal para receber denúncias de abuso e exploração sexual e divulgá-lo amplamente.
 
A relatora da CPI, deputada Liliam Sá, sugeriu que a Federação faça uma campanha para alertar os pais sobre essa questão. “Muitas vezes os treinadores falam para os pais que o filho tem muito talento e levam esses meninos para outros estados, onde eles vivem em condições insalubres, sofrem abuso e os pais não têm noção de que isso está acontecendo”, disse.
 
Os parlamentares propuseram organizar um pacto no estado, com a participação do Ministério Público, poder executivo e todos os clubes de futebol do Amazonas para assinarem uma carta-compromisso e, de forma pioneira, se comprometerem com o fim da violência sexual nas escolas de futebol do Amazonas.
 
Dissica se comprometeu com o pacto e elaboração de campanhas e afirmou estar inteiramente disposto a colaborar com os trabalhos da CPI.
 
Erika destacou que também é preciso legislar para que os clubes possam ser responsabilizados. “Estaremos trabalhando na perspectiva de desenvolver novos marcos legais para estabelecer responsabilidades penais e de fiscalização para os clubes, além do atendimento a essas vítimas, para que possam ressignificar suas vidas”, afirmou.
 
A CPI voltará a Manaus no início de junho para assinar o referido pacto. A próxima reunião da comissão acontecerá na terça-feira, dia 15.
 
Assessoria Parlamentar
 

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