Covid-19: a uma semana do Natal, Brasil volta ao maior patamar de novos casos

Às vésperas das tão aguardadas celebrações de fim de ano e do verão, o Brasil não tem nenhum motivo para comemorar. A uma semana do Natal, o País voltou a ter alta de contágios e mortes por Covid-19 e quase bateu recorde de novos casos diários da doença: foram 70.574 novas infecções na quarta-feira (16), de acordo com o Ministério da Saúde. O maior número havia sido registrado em 29 de julho, quando o País teve 70.869 casos em um único dia. As mortes também subiram e chegaram ao alarmante patamar de 968 óbitos, o maior desde 15 de setembro, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Nesta quinta-feira (17), o Brasil tem 183.959 mortes e 7.053.486 contaminações registradas.

Com o atraso nas vacinações, o aumento de campanhas antivacina e fake news que minimizam a gravidade da pandemia – reforçando o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro – somados ao fim do auxílio emergencial neste mês, um cenário de agravamento do caos social e sanitário cristaliza-se no horizonte que se avizinha. Na semana passada, a Fiocruz fez um alerta chamando a atenção para o risco de um colapso total do sistema de saúde após as festas de fim ano. A entidade apontou para uma “sincronização dos surtos nas capitais e suas regiões metropolitanas e no interior” no relatório O fim do ciclo de interiorização, a sincronização da epidemia e as dificuldades de atendimento nos hospitais.

A Fiocruz afirma que por causa dessa sincronização, os sistemas de saúde estão menos preparados para lidar com a demanda por leitos de UTI – e mesmo vagas em enfermarias – não só nas regiões metropolitanas, mas principalmente em cidades menores. “A possibilidade de colapso do atendimento aos novos casos é real e poderá acontecer nas próximas semanas, agravada pela chegada das festas de fim de ano e das férias”, advertiu a Fiocruz no documento elaborado pela equipe MonitoraCovid-19.

“No início da epidemia no Brasil, tivemos uma demanda grande nas regiões metropolitanas, e só depois veio a interiorização, num momento em que a incidência da Covid-19 já apresentava sinais de estabilidade nas cidades maiores”, observou o epidemiologista do Icict/Fiocruz Diego Xavier, ao ‘Portal Fiocruz’. ” Um novo aumento dos casos pressionará a capacidade do atendimento à saúde das regiões metropolitanas, reduzindo também seus recursos para atender a pacientes vindos do interior”, prevê o pesquisador, um dos autores do estudo. “Na maioria dos lugares a assistência à saúde deverá ser incapaz de atender à demanda”.

Crises econômica e sanitária

A economista Monica de Bolle também traça um panorama sombrio para o País no início do ano. Na semana passada, a pesquisadora senior do Peterson Institute For International Economics traçou um paralelo entre as crises sanitária e econômica, onde uma alimenta a outra. Para de Bolle, o agravamento da pandemia e o atraso no início da vacinação em massa afetarão diretamente a recuperação econômica do País. Por outro lado, o fim do auxílio emergencial passará a valer ao mesmo tempo em que o país deve retomar a infame agenda do Teto de Gastos. Ao abandonar a população à própria sorte, as duas medidas prejudicarão o enfrentamento do surto, criando um ambiente propício para uma “convulsão social”.

“Sem o decreto, passa a valer o teto de gastos, uma regra que vai restringir especialmente os recursos da saúde e da assistência social”, advertiu Monica de Bolle. “Fica difícil imaginar que não ocorra algo assim [uma convulsão social]”, observou, durante sua participação no fórum “E agora, Brasil?”.

Agravamento e início da vacinação na Europa

A Europa viu o quadro de crise sanitária agravar-se e alguns países retomaram medidas mais rígidas para conter a escalada do surto, como o lockdown. Com uma explosão de 20 mil casos diários, a Alemanha voltou ao fechamento total do comércio e das escolas a partir desta quarta-feira (17), medidas que se somam ao fechamento de bares e restaurantes, já em vigor. A Holanda adotou o lockdown na segunda-feira (14).

A União Europeia prevê o início da vacinação contra no próximo dia 27 de dezembro. Segundo o ‘El País’, o presidente francês Emmanuel Macron testou positivo para coronavírus e ficará isolado por sete dias.

Vacina como arma política

Enquanto isso, Bolsonaro continua a utilizar a vacina como arma política. No início da semana, o presidente afirmou que quem quiser tomar o imunizante contra a Covid-19 deverá assinar um termo de responsabilidade pela decisão. A polêmica levantada pelo líder de extrema direita ocorre simultaneamente ao julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a obrigatoriedade da vacinação.

“Bolsonaro é um aliado permanente do vírus”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE). “Ele sabota e atrapalha qualquer ação para acabar com a pandemia no nosso país”, disse Costa, em mensagem gravada por vídeo. Segundo o senador, o país precisa de respostas urgentes. “A Anvisa não pode ser usada para travar um debate político e ideológico entre Bolsonaro e seus inimigos. Esperamos que ela possa, urgentemente, permitir que as vacinas que estão aprovadas mundo afora possam entrar no país”, concluiu o senador.

 

Da Agência PT de Notícias

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100