CovaxinGate: Petistas cobram do presidente da Câmara abertura de processo de impeachment contra Bolsonaro

Foto: Scarlett Rocha/Esquerda Online

Após o maior escândalo de corrupção no governo Bolsonaro envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, revelado nessa sexta-feira (25), durante depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid, parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara avaliaram, pelas redes sociais, que o impeachment de Bolsonaro deve estar na ordem da Câmara dos Deputados. Eles cobraram posicionamento imediato do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) sobre o tema.

“Bolsonaro derrete. A compra de vacinas escondia um escândalo de corrupção em meio ao morticínio pela Covid-19. O impeachment está na ordem do dia!”, escreveu o vice-líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

Guimarães disse ainda que o Brasil presenciou, ontem, uma sessão histórica da CPI da Covid. Para ele, o depoimento dos irmãos Miranda (Ricardo e Luis) marca o início do fim de Bolsonaro. “Na CPI ficou evidente que Bolsonaro sabia de todo o esquema de corrupção na compra das vacinas, não fez nada”, reiterou.

“Há um silêncio ensurdecedor entre bolsonaristas. A corrupção no governo Bolsonaro tem contornos de crueldade com os mais de 500 mil mortos pela Covid-19. Impeachment já!”, apontou José Guimarães.

A casa caiu

Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (PT-RS) a casa de Bolsonaro caiu. “Avisado pelo deputado Luis Miranda de que havia CORRUPÇÃO na compra de vacinas, Bolsonaro disse: “Isso é coisa do Ricardo Barros”, apontou.

“Eis a bomba: Bolsonaro sabia, já em março, que o líder do seu governo na Câmara, comandava o vacinoduto. E não fez nada!”, criticou Bohn Gass.

Também pelas redes sociais, a presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse que Bolsonaro tem muita explicação a dar sobre Covaxin. “Não adianta dar chilique e sair atacando todo mundo. Citação de Ricardo Barros, líder do governo, é grave e saiu da boca do próprio presidente. Além de genocida, corrupto!”, condenou Gleisi.

E agora, Lira?

O deputado Rubens Otoni (PT-GO), em sua postagem, questiona o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL): E agora, Lira? – Um deputado da base do governo Bolsonaro, aliado do presidente da Câmara faz denúncia gravíssima envolvendo o líder do governo e envolvendo o próprio presidente da República. Qual será a postura da Câmara dos Deputados? Brasil está esperando, Lira!”, provocou o parlamentar goiano.

Na mesma linha o deputado Nilto Tatto (PT-SP) cobrou: “Nada justifica que Arthur Lira siga ignorando o clamor por impeachment. O processo deve ser iniciado imediatamente. Basta!  O Brasil não aguenta mais”, argumentou.

Bolsonaro sabia

Pressionado pelos parlamentares durante o depoimento, Luis Miranda – que compõe a base governista no Congresso Nacional -, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro citou o nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. “Foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Foi o Ricardo Barros”, confirmou Luis Miranda.

“Eu queria ter dito desde o primeiro momento, mas é porque vocês não sabem o que eu vou passar por apontar um presidente da República que todo mundo defende como uma pessoa correta, honesta, que sabe que tem algo errado, ele sabe o nome, ele sabe quem é, ele não faz nada por medo da pressão que ele pode levar do outro lado. Que presidente é esse que tem medo de pressão de quem está fazendo algo errado?”, questionou Miranda.

Olho do furação

O deputado Rubens Otoni também se manifestou em sua conta no Twitter. Na avaliação do parlamentar o grupo conhecido como “centrão” está “no olho do furacão”. De acordo com Otoni, “o afirmar na CPI que Ricardo Barros foi citado por Bolsonaro como alguém ligado ao contrato da Covaxin, o deputado Luis Miranda arrasta o CENTRÃO para dentro da crise. CPI neles!”, recomenda.

Acabou

O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) afirmou que o governo Bolsonaro acabou. “A CPI da Covid comprovou: Bolsonaro sabia e permitiu o esquema de corrupção bilionário da Covaxin, encabeçado pelo líder do seu governo na Câmara. 511 mil mortos e essa gente superfaturando vacina, lucrando com a dor do povo. O impeachment é urgente!”, declarou.

Na avaliação do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o “Governo miliciano acabou: Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Pazuello sabiam da roubalheira na aquisição de vacinas e nada fizeram. Resta saber se serão coniventes, ou se eram cúmplices e estavam juntos com Barros no esquema”, suspeitou o deputado gaúcho.

Para Pimenta, tudo que está acontecendo era previsível e esperado. “Bolsonaro não tinha apoio e o impeachment já poderia ter tramitado. Ele ‘comprou’ uma base no Congresso com $$ público, cargos e negócios na esplanada. Um esquema de proteção desse tamanho não poderia ficar impune eternamente. Todo corrupto miliciano se acha invencível mas não passa de um gigante com pés de BARROS”, ironizou.

Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA) as revelações que ocorreram ontem na CPI da Covid são gravíssimas. “Bolsonaro tem que sair o mais rápido do comando do País. Acabou para o genocida!”, sentenciou.

Prevaricação

Na opinião da deputada Maria do Rosário (PT-RS), o presidente Bolsonaro não tem mais condições de ocupar a Presidência da República. “Por dinheiro já perdemos 510 mil vidas. Propina no lugar de vacina. O governo acabou! É preciso impeachment.  Não se trata de um Fiat Elba. Fizeram o golpe contra Dilma por “pedaladas” que nem existiram. Bolsonaro = 510 mil vidas e corrupção. Fora”, defendeu Rosário.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) escreveu: “Prevaricação. Bolsonaro sabia de corrupção no Ministério da Saúde e nada fez”.

Já a deputada Benedita da Silva defendeu punição exemplar aos envolvidos no esquema de corrupção. “Povo nas ruas, vacina no braço, comida no prato, impeachment e Bolsonaro na cadeia!”

O deputado Jorge Solla (PT-BA) disse que o deputado Luis Miranda (DEM), da base de Bolsonaro, constatou na CPI a importância da estabilidade para o servidor público: “sem ela, seu irmão não teria como denunciar corrupção na compra de vacinas no Ministério de Saúde. Reforma Administrativa é paraíso dos corruptos”, apontou.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) também se manifestou: “A CPI da Covid de hoje assistiu um deputado da base bolsonarista denunciar um esquema de corrupção bilionário com vacinas, num país que já morreu meio milhão de pessoas, envolvendo o presidente e seu líder de governo. O impeachment de Bolsonaro é mais do que urgente!”, reiterou.

Já o deputado Zé Carlos (PT-MA) escreveu em sua conta no Twitter:  “O que está acontecendo no Ministério da Saúde aonde um funcionário que tem estabilidade, teve a coragem de denunciar um ato gravíssimo de corrupção dentro do Governo Federal, mostra a necessidade da garantia da estabilidade do servidor público. Por isso, a PEC 32 é um crime!”.

Leia mais: https://ptnacamara.org.br//bohn-gass-covaxingate-e-hora-do-impeachment/

 

Benildes Rodrigues

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