Contra o povo e a favor da elite, medidas econômicas são “golpe dentro do golpe”

afonso florence zeca ribeiroO líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), reagiu hoje (24) duramente às propostas para a economia anunciadas pelo governo interino do golpista Michel Temer. Segundo Florence, trata-se de uma “sucessão de golpes, um atrás do outro, para prejudicar o povo brasileiro e aumentar a renda das camadas mais ricas da sociedade, com a precarização dos direitos econômicos, sociais e previdenciários da maior parte da população”.

Para ele, as medidas foram tiradas mais uma vez de um “saco de maldades sem fim” que o golpista Temer tem usado. A ampliação do déficit fiscal, de R$ 96 bilhões para R$ 170,5 bilhões, por exemplo, ele qualificou com uma “mega fraude, uma maquiagem fiscal histórica comparável a um cheque em branco de R$ 75 bilhões”.

Florence qualificou como “um absurdo” o fato de os golpistas utilizarem a questão para fazer luta política a fim de mostrar que haveria irresponsabilidade fiscal do governo da presidenta Dilma Rousseff. O déficit de R$ 96 bilhões previstos por Dilma previa alocação de recursos para a área de saúde e educação, o que foi descartado pelo governo interino e golpista.

Por trás da ampliação da meta de déficit fiscal, explica Florence, está embutida a intenção de favorecer os rentistas que financiaram o golpe que derrubou Dilma. “Esse projeto golpista prevê a entrega do pré-sal para petroleiras estrangeiras, a privatização de empresas públicas a preço vil; trata-se de um projeto antinacional, a repetição do que fez o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) sem que a população brasileira tenha apoiado, pela urnas, essa plataforma neoliberal, a ponte para o atraso”.

O líder do PT ainda questionou a intenção dos golpistas de obrigar o BNDES a repassar, para o Tesouro, R$ 100 bilhões, para antecipar o pagamento de dívida pública. “É uma megapedalada fiscal, que contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal”. Os golpistas querem antecipar o pagamento de R$ 100 bilhões devidos pelo BNDES ao Tesouro nos próximos três anos (R$ 40 bilhões este ano e mais R$ 30 bilhões em 2017 e 2018).

PT na Câmara

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