O líder do PT na Câmara dos Deputados, Afonso Florence (PT-BA), e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) concederam entrevista coletiva nesta quarta-feira (26) em Brasília após O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) ter aceito denúncia dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o parlamentar, “a decisão da ONU consolida que foi golpe e que Lula é um perseguido político” no Brasil. A ONU aceitou, conforme divulgado pelos advogados do ex-presidente nesta quarta, a denúncia protocolada sobre a violação da Convenção Internacional de Direitos Políticos e Civis e abuso de poder pelo juiz Sérgio Moro e procuradores federais da Operação Lava-Jato contra Lula.
De acordo com Florence, os motivos fundamentais da aceitação da ONU são a condução coercitiva e o cárcere privada por seis horas no aeroporto de São Paulo; a gravação e a divulgação ilegal de uma ligação telefônica entre ele e a presidenta eleita Dilma Rousseff; e o conjunto de prisões coercitivas e preventivas como instrumento para obter delações premiadas. O estado brasileiro terá dois meses para apresentar sua defesa a ONU.
Para Gleisi, o fato corrobora o que a defesa de Lula afirma há tempos: “Há uma perseguição sem precedentes” contra o presidente Lula. “A ONU receber essa denúncia mostra que ela vê indícios que o Estado democrático de direito no Brasil está sendo ferido”, disse a senadora.
“A perseguição a Lula repercute mundialmente como algo inusitado, sem prova, apenas por convicção, assim como o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Essa perseguição agora ganha uma repercussão ainda maior em decorrência de um ato oficial de um órgão da ONU”, complementou Florence.
PT na Câmara com Agência PT de Notícias