A oposição impôs uma dura derrota ao governo Bolsonaro na votação da medida provisória (MP 870/2019) que tinha por objetivo mudar a estrutura ministerial e, entre outros itens polêmicos, colocava o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) no Ministério da Justiça, comandado pelo ex-juiz Sérgio Moro.
Os deputados rejeitaram, por 228 votos a 210 e 4 abstenções, destaque que pretendia retomar a redação original da MP e manter o Coaf sob responsabilidade da pasta comandada por Moro. O ex-juiz que virou político de um governo de extrema direita articulou para tentar ficar com o comando do Coaf em suas mãos, como se fosse dono da República, mas a Oposição deu seu recado.
“O Coaf não pode ser instrumento político de nenhum ministro, de nenhum governo. Ele é um órgão técnico. Como órgão técnico deve estar vinculado ao Ministério da Economia, onde foi originalmente criado”, disse o deputado José Guimarães (PT-CE), ao justificar a posição do PT na votação.
Além do PT, orientaram o voto contra a proposta do governo o PDT, o PSol, o PCdoB e o PSB, além de vários partidos do chamado “centrão” que costumam apoiar os projetos de Bolsonaro, como PP, MDB, PTB, PL, PRB, PSC, Avante, PSC. Liberaram as bancadas o PSDB e o PSD. A favor do COAF no Ministério da Justiça orientaram PSL, Podemos, PROS, Cidadania, Novo e PV.
Confira o mapa de votação completo e o voto de cada parlamentar:
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