Conclusão da reforma política fica para agosto; PT mantém disposição de barrar financiamento empresarial

FONTANA TRIBUNA

A Câmara adiou para a primeira semana de agosto o debate sobre a possibilidade do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais no segundo turno da votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 182/07), que trata da reforma política. Um destaque da Bancada do PT, prevendo o fim do uso de dinheiro das empresas nas eleições será votado pelo plenário no próximo mês.

A votação, inicialmente prevista para esta quarta-feira (15), foi transferida depois da tentativa de impedir a apreciação do destaque e manter no texto o financiamento das empresas, como explica o deputado Henrique Fontana (PT-RS). “No cenário de quórum de hoje caminhávamos para derrubar o uso de dinheiro das empresas nas campanhas. Não há dúvida de que a questão de ordem apresentada pelo líder do PMDB é uma manobra, uma tentativa de golpe para impedir a votação sobre esse tema. Queremos derrotar a possibilidade das empresas financiarem campanhas e queremos o direito de votar esse item no plenário. Até porque esta é uma votação que vai alterar a Constituição e é preciso muita segurança”, disse.

Fontana ressaltou ainda que a mudança “mais estrutural e necessária” do sistema político é excluir  a possibilidade de empresas fazerem doações a partidos políticos. “Quarenta países do mundo já tomaram a decisão de impedir o financiamento de empresas porque perceberam que isso é forte gerador de corrupção. E 75% da população brasileira responde nas pesquisas que quer proibir empresas financiando eleição. E esta também é a posição da OAB, da CNBB, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e mais de 100 entidades que querem derrotar o financiamento empresarial no Brasil, para combater a corrupção e permitir eleições mais iguais”, concluiu o parlamentar do PT.

Gizele Benitz

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