Comitiva brasileira participa do maior evento da ONU sobre igualdade de gênero

Ministra das Mulheres discursa na abertura da 68ª Comissão sobre a Situação da Mulher, da ONU Foto: Cláudio Kbene/PR

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a socióloga e primeira-dama, Janja Lula Silva, e as deputadas federais  Benedita da Silva (PT-RJ), Maria do Rosário (PT-RS), Ana Pimentel (PT-MG) e Ana Paula Lima (PT-SC) estão em Nova York para participar da 68ª Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), maior encontro anual das Nações Unidas sobre igualdade de gênero e empoderamento das mulheres.

O evento anual de duas semanas  teve início no dia 11 e segue até o dia 22. Esta edição terá como tema “Acelerar a concretização da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, combatendo a pobreza e fortalecendo as instituições e o financiamento com uma perspectiva de género”. Para conferir a programação completa das reuniões, clique aqui.

No primeiro dia de atividades, segundo o ministério, Gonçalves discursou em dois momentos, como representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do governo do Brasil.

“Em ambos os pronunciamentos, Cida Gonçalves falou sobre o fortalecimento das instituições para promover a igualdade de gênero, sobre o combate à pobreza e à violência, e a participação das mulheres na prevenção, negociação e resolução de conflitos”, relata a pasta.

Em seu primeiro discurso, representando a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a ministra afirmou que a pobreza constitui um dos principais obstáculos para o desenvolvimento das nações e ajuda a perpetuar a desigualdade entre mulheres e homens e a discriminação em razão do gênero.

“Investir na igualdade de gênero é comprovadamente uma ferramenta indispensável na promoção do desenvolvimento, na recuperação econômica, no avanço tecnológico e mesmo na prevenção de conflitos. Não se trata de uma agenda de interesse exclusivo de um grupo de países, muito menos uma imposição de alguns. Antes, beneficia a todas e todos, em todas as partes do globo”, explicou.

Cida Gonçalves ressaltou, ainda, que a igualdade de gênero é princípio estatutário da Comunidade e que os países estão firmes no compromisso da implementação do Plano Estratégico de Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres e Meninas.

“Renovamos o firme compromisso da CPLP de seguir contribuindo com os esforços coletivos de promoção da igualdade de gênero e de empoderamento de mulheres e meninas. Apenas assim poderemos alcançar a plena implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, finalizou.

Já como representante do governo brasileiro na 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, Gonçalves falou dos programas e iniciativas do governo brasileiro para combater as desigualdades e promover a inclusão e proteção social, e como essas políticas beneficiam principalmente as mulheres.

A ministra apresentou a Lei da Igualdade Salarial e Remuneratória entre mulheres e homens, uma política estrutural do presidente Lula, e disse querer fortalecer a importância desse debate nas instâncias internacionais: “Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 20% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho em todo o mundo, com dados ainda mais desiguais quando falamos de mulheres ainda mais excluídas socialmente, como negras, indígenas e imigrantes.”

A ministra também adiantou que, pela primeira vez, o governo brasileiro está formulando, de maneira integrada, uma Política Nacional de Cuidados, que tem como foco as mulheres. “Não há como não enfatizar o trabalho do cuidado não remunerado e invisibilizado que sobrecarrega principalmente as mulheres”.

O discursos da ministra podem ser conferidos aqui e aqui.

 

 

Segundo dia de trabalhos 

No segundo dia de trabalhos, a ministra Cida Gonçalves participou de reuniões bilaterais com autoridades de Cuba, Austrália e Canadá, onde teve reuniões com pares para debater política de cuidados, combate à fome e empoderamento de meninas e mulheres. Ela também participou de café da manhã com ministras da Cepal a convite do México. Janja Lula da Silva também participou.

 

Em reunião com Katy Gallagher, ministra das Mulheres e das Finanças da Austrália, Cida Gonçalves conversou sobre as pautas prioritárias do G20 (fórum de cooperação econômica internacional das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana) e como as duas nações podem trabalhar juntas para enfrentar a desigualdade de gênero. A ministra Cida Gonçalves disse ainda que aguarda a colega australiana no Brasil, na reunião das altas autoridades do G20, que ocorrerá no país no segundo semestre.

O G20 também foi pauta na reunião com a ministra da Mulher, da Igualdade de Gênero e da Juventude do Canadá, Marci Ien. A ministra Cida Gonçalves e Janja Lula da Silva expuseram os eixos principais propostos pelo Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres do G20 e como as pautas de gênero têm sido trabalhadas de forma transversal pelo governo federal.

“O enfrentamento à misoginia online é um ponto de interesse entre os dois governos e ficamos de manter contato sobre o tema”, afirmou Gonçalves.

No X, Janja destacou sua participação na mesa temática “Mobilização de financiamento sobre a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas: Políticas e estratégias para acabar com a pobreza de mulheres e meninas”.

O que é a CSW? 

A CSW – Comissão sobre a situação da Mulher –  é o maior encontro global de representantes da sociedade civil, funcionários governamentais, gestores e gestoras políticos e especialistas para fazer um balanço do progresso na igualdade de género, discutir questões urgentes e chegar a acordo sobre ações para transformar a vida de mulheres e meninas em todo o mundo..

A Comissão consiste em uma ampla gama de reuniões, painéis de discussão, diálogos interativos, mesas redondas ministeriais, negociações intergovernamentais e muito mais. É uma plataforma única para feministas de todo o mundo defenderem, aprenderem e compartilharem experiências.

De acordo com a organização, os dados mais recentes mostram que 10,3 por cento das mulheres do mundo vivem em pobreza extrema e são mais pobres que os homens. O progresso no sentido de acabar com a pobreza precisa de ser 26 vezes mais rápido para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.

Durante as próximas duas semanas, a Comissão discutirá as melhores práticas e políticas para abordar a disparidade entre gêneros e pobreza e para tirar mulheres e homens da pobreza e promover o desenvolvimento econômico justo e sustentável para as nações. Representantes de organizações não governamentais farão declarações sobre estas questões críticas; os jovens participarão em diálogos com gestores e apresentarão as suas recomendações.

No final da segunda semana, a Comissão chegará a acordo sobre um conjunto de ações e recomendações que servirão de modelo para melhorar a vida de mulheres e meninas, reduzindo a sua pobreza de tempo e rendimento e reforçando a sua liderança.

Da Redação Elas por Elas, com informações do Ministério das Mulheres, ONU Mulheres e CSW

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