O nome de Carlos Marighella foi aprovado pela Comissão de Cultura da Câmara para ser inscrito no Livro dos Heróis da Pátria. O projeto de lei (PL 4.453/2016), dos deputados federais Valmir Assunção (PT-BA) e Janete Capiberibe (PSB-AP), foi aprovado nesta terça-feira (30), com parecer favorável da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). De acordo com Valmir Assunção, a medida é uma celebração ao centenário de nascimento de Marighella, que se estivesse vivo completaria 110 anos no próximo dia 5.
“É uma justa homenagem a esse grande brasileiro, defensor da liberdade democrática e de uma sociedade mais igualitária. Seu nome se junta a de outros que também lutaram pela pátria e estará depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Vamos lutar para que essa medida seja aprovada também na Comissão de Constituição e Justiça para que a homenagem seja concretizada”, afirma Valmir Assunção.
O deputado do PT baiano, em pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (1º), afirmou que vai continuar também na luta para transformar a casa onde Marighella viveu, em Salvador, no bairro Baixa do Sapateiro, em um memorial da cultura. “O objetivo é criar um memorial de atividades sociais, que eu acredito que é fundamental, e que se torne uma referência para que as pessoas possam acompanhar o legado desse grande brasileiro que foi Carlos Marighella”, argumentou.
Biografia
Carlos Marighella nasceu em Salvador, em 1911. Aos 18 anos tornou-se militante do Partido Comunista. Foi deputado e líder da Aliança Nacional Libertadora (ANL) e um importante quadro da luta por democracia no País.
Ele foi assassinado por agentes do antigo Dops e por décadas teve seu nome ligado à difamação, sendo considerado até como terrorista.
Depois foi reconhecido, e o Estado brasileiro apresentou profundas desculpas à família de Marighella pela sua morte e tantas difamações ao seu nome, ao longo da recente história do Brasil.
Assessoria Parlamentar