Deputados da Comissão Externa do Enfrentamento ao Coronavírus reuniram-se, na quarta-feira (19), com o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, e cobraram que seja realizada uma suplementação orçamentária na pasta, com o objetivo de financiar as ações emergenciais para enfrentamento da pandemia internacional do coronavírus.
Entre as medidas que os parlamentares avaliam como essenciais, estão a compra de equipamentos de diagnóstico para os 26 laboratórios centrais em todo o país, bem como o credenciamento no Ministério da Saúde dos leitos de UTI que estão em funcionamento em hospitais públicos, mas não recebem recursos federais. Os parlamentares destacaram ainda a urgência da retomada de plantões noturnos nos escritórios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos portos e aeroportos do país, que estão suspensas devido à falta de orçamento para pagamento de horas extras.
“A situação exige que façamos um grau de investimento, que é mínimo diante da ameaça que esse vírus representa, caso ele comece a circular em nosso País. Negar-se a dispor desses recursos seria de uma insanidade, nós do Congresso nos comprometemos a aprovar uma suplementação orçamentária tão logo o projeto seja enviado pelo Executivo”, destacou o deputado Jorge Solla (PT-BA).
Solla destaca ainda a necessidade da retomada dos plantões da Anvisa. “Em Salvador, que agora recebemos o carnaval, os turistas de voos internacionais chegam em voos noturnos, e não há um funcionário da Anvisa para recebê-los, para tratar de qualquer eventual caso de passageiros que cheguem com sintomas ou tenha transitado em locais com risco de contaminação. Já estamos correndo um risco que demonstra que a operação está errada. É preciso corrigir imediatamente”, cobrou.
A modernização dos laboratórios centrais nos estados também foi citada como prioridade: hoje, apenas três laboratórios no País, todos no Sudeste, realizam o teste para verificar a doença, o que alonga o prazo de resultado para até três dias. “São equipamentos que vão ajudar nessa crise, mas ficam como legado para saúde pública. Na próxima gripe, na próxima crise de saúde pública, teremos um tempo de resposta muito mais adequado”, completou o petista.
Assessoria de Comunicação