Comissão da Amazônia discute Sínodo e os problemas da Região Amazônica

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cindra) da Câmara dos Deputados realizará audiência pública no dia 2 de outubro para debater o Sínodo da Amazônia, evento internacional organizado pela Igreja Católica para outubro deste ano, no Vaticano. A autoria do debate é do deputado federal José Ricardo (PT-AM) e contará com a presença de representantes da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de entidades religiosas e sociais da Amazônia.

O Sínodo é uma modalidade de assembleia instituída pelo Papa Paulo VI e assumida como uma prática metodológica participativa da Igreja desde 15 de setembro de 1965. No caso do Sínodo da Amazônia, foi uma resposta do Papa Francisco à realidade da PanAmazônia, com “o objetivo de identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta”.

Para José Ricardo, esse debate acontecerá num momento em que todos estão preocupados com a questão ambiental, com a Amazônia e com o desmatamento. “Desde 2017, o Papa Francisco sinalizou para a ideia de organizar um Sínodo. Discutir a atuação da Igreja na Amazônia. Muitas cidades nessa região surgiram por conta da presença de congregações religiosas, seculares no Brasil. Nas reuniões preparatórias para o Sínodo, chamou-se a atenção para os problemas na região, com denúncias que atingem os direitos dos indígenas, dos ribeirinhos e de comunidades amazônicas, onde poder público e sociedade devem atuar com mais força”, declarou ele, voltando a criticar e a repudiar a atitude do governo federal em espionar o que estava acontecendo nessas reuniões preparatórias. “Queremos ouvir os organizadores desse evento, bem como outras instituições para ajudar a refletir sobre a Amazônia, suas riquezas e explorações”.

O tema do Sínodo deste ano de 2019 será “Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. Na ocasião, bispos de todo o mundo terão acesso a um material produzido por 13 autores, três dos quais são brasileiros e membros da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam). Para esta audiência, estão sendo convidados a Conferência Nacional dos Bispos no Brasil; Ministério do Meio Ambiente; Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam); Conselho Indigenista Missionário (Cimi); Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab); e Núcleo de Estudos Amazônicos (NEAZ)/ Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB.

Assessoria de Comunicação

Foto – Gustavo Bezerra

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