A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados aprovou requerimento de autoria do deputado Jorge Solla (PT-BA) para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize uma auditoria nos contratos da Codevasf com a empreiteira Engefort.
A empreiteira é suspeita de ser a principal beneficiária de um esquema bilionário iniciado no governo do ex-presidente Bolsonaro, o que levou o TCU a levantar indícios da ação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a licitações da estatal federal.
“Apesar das recomendações contrárias do TCU, a diretoria da Codevasf, que foi nomeada ainda no governo Bolsonaro, continua a adotar contratos ‘guarda-chuva’, que são aqueles realizados para abrigar emendas parlamentares sem nenhum critério técnico”, aponta Solla.
Corrupção bolsonarista
O parlamentar ressalta ainda que, durante a gestão Bolsonaro, pipocaram na Codevasf casos de suspeitas de corrupção em obras de pavimentação feitas por meio de modelo frouxo, que permite licitações sem projetos específicos para as obras.
Levantamento do TCU apontou que, somente em 2021, a Engefort foi a segunda construtora em volumes totais empenhados pelo governo Bolsonaro, com R$ 620 milhões do Orçamento, atrás apenas da LCM Construção, que acumulou R$ 843 milhões em verbas reservadas.
Michelle Bolsonaro
“A cada dia que passa, surge um fato novo negativo sobre a Codevasf, que precisa ser investigado”, observa Solla. “O mais recente aponta que uma contratada da estatal seria fonte de recursos para pagar contas pessoais da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro”, pontua.
Assessoria de Comunicação deputado Jorge Solla