O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) disse nessa terça-feira (7/11), que o comércio bilateral entre Brasil e Cuba terá um novo impulso nos próximos três anos. “Há um entusiasmo das empresas brasileiras que já fornecem bens de consumo a Cuba, principalmente na área de alimentos, com o crescimento da demanda já que agora o governo federal voltou a apoiar a relação comercial entre os dois países”, destacou Zeca Dirceu, que participa da 39ª Feira Internacional de Havana.
“Numa política internacional míope e retrógrada nos últimos anos até 2022, o governo federal esteve ausente e até prejudicou a relação das empresas brasileiras com Cuba. As empresas mantiveram a relação comercial e muitas estão exportando para Cuba há muitos anos. Esse comércio só tende a aumentar nos próximos anos”, completou o líder do PT na Câmara dos Deputados.
Pavilhão
Após quatro anos de interrupção, a Apex Brasil voltou a liderar a participação brasileira na maior feira multissetorial do Caribe, com um pavilhão de 1,3 mil metros quadrados, que começou na segunda-feira (6), e segue até sábado (11). “As empresas brasileiras estavam participando sem o apoio do governo federal. Agora, no governo do presidente Lula, são mais de 40 empresas brasileiras, produtoras e exportadoras dos segmentos de alimentos, bebidas, tecnologia, energia limpa, máquinas e equipamentos, saúde, fármacos, moda, casa e construção”, disse Zeca Dirceu.
“As empresas estão expondo seus produtos, fazem negócios com Cuba e outros países do Caribe, além de participar de palestras e de atividades que impulsionam as relações comerciais do Brasil com Cuba e de Cuba com o Brasil”, completou o deputado.
A feira, explica Zeca Dirceu, reúne expositores, investidores e agentes governamentais responsáveis pelas importações do país. “É uma plataforma de negócios fundamental para países que desejam apresentar ou ampliar suas oportunidades nos mercados cubano e caribenho”, afirmou.
Exportação e importação
O Brasil é o 4º maior fornecedor de Cuba, com 8,5% do seu mercado. As exportações brasileiras para o país caribenho são concentradas em commodities alimentícias: gorduras e óleos vegetais (32,8%), arroz sem casca ou semi-elaborado (17,2%) e carnes de aves e miudezas (13,1%).
Nos dois primeiros casos, o Brasil fornece quase a totalidade do que Cuba importa. Os setores com mais oportunidades para as exportações brasileiras são os de alimentos (inclusive alimentação animal), energias renováveis, economia criativa, fármacos/saúde e soja.
Em 2022, o aumento das importações brasileiras de produtos cubanos decorreu principalmente do acréscimo de 12,5% da compra de charutos e cigarros e de 89% de rum. Em contrapartida, registraram diminuição de 38% as compras de demais produtos da indústria da transformação.
Assessoria de Comunicação deputado Zeca Dirceu