A mortalidade infantil voltou a crescer em 2016 – ano em que o Brasil sofreu um golpe – após 13 anos de queda ininterrupta. É que mostram os números do Ministério da Saúde divulgados nesta semana.
De acordo com dados compilados pela pasta, obtidos junto ao Observatório da Criança e do Adolescente, o número de mortes entre crianças de um mês a quatro anos aumentou 11% entre 2015 e 2016. Em alguns locais, como Roraima, o número mais do que dobrou. O número de mortes entre um mês de vida e um ano de idade também cresceu.
O Observatório aponta algumas causas para o problema: recessão econômica, escassez de recursos públicos, seca no Nordeste e cortes em determinados programas sociais, como Rede Cegonha, voltado às mães no pré-natal, parto e nascimento, além do desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida.
O deputado Paulo Lula Pimenta (PT-RS) afirmou que “o governo de Michel Temer é diretamente responsável pelo crescimento da mortalidade infantil no Brasil, depois de 13 anos consecutivos de queda acentuada, especialmente a partir da eleição de Lula”.
O Programa Nacional de Alimentação (Pnae), em que o governo federal repassa aos estados recursos para assegurar a alimentação na escola para alunos da educação pública, também teve sua verba reduzida após Temer assumir o poder.
A situação da desnutrição infantil também piorou. O percentual de crianças menores de cinco anos desnutridas aumentou de 12,6% para 13,1% de 2016 para 2017, segundo informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), reunidas pela Fundação Abrinq.
A presidenta legítima Dilma Rousseff destacou que “o corte no Mais Médicos, por exemplo, levou à morte de crianças por diarreia em cidades que já não tinham este tipo de óbito. Em alguns estados, a mortalidade infantil mais que dobrou desde 2015. Um crime contra as crianças e contra o País”.
PT de Notícias
Foto: Divulgação/Fundação Abrinq