O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial do país, subiu 0,48% em setembro, maior resultado para o mês desde 2015. Em agosto, havia caído 0,09%. Com o resultado, o IPCA soma 3,34% no ano, ante 1,78% em igual período de 2017. Em 12 meses, vai a 4,53%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o resultado na manhã desta sexta-feira (5), vários itens pressionaram a inflação no mês passado. Apenas o grupo Transportes, com alta de 1,69%, a maior para setembro desde o Plano Real, contribuiu com 0,31 ponto percentual. Os preços dos combustíveis, que haviam caído 1,86% em agosto, subiram 4,18% (impacto de 0,24 ponto, metade do resultado mensal). A gasolina foi de -1,45% para 3,94%, o etanol, de -4,69% para 5,42% e o óleo diesel, de -0,29% para 6,91%.
Ainda nesse grupo, a passagem aérea teve alta de 16,81%. No mês anterior, havia caído 26,12%. Em Habitação (0,37%), destaque para a energia elétrica, com aumento de 0,46%. A taxa de água subiu 0,30%. E o gás encanado registrou alta de 0,77%.
O grupo Alimentação e Bebidas, que tinha registrado duas quedas seguidas, subiu 0,10% em setembro. Entre os produtos, tiveram alta as frutas (4,42%), o arroz (2,16%) e o pão francês (0,96%). Caíram os preços de cebola (-12,85%), batata-inglesa (-8,11%), leite longa vida (-5,82%), farinha de mandioca (-5,54%) e ovos (-2,15%). Comer fora ficou 0,29% mais caro.
Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi o de Brasília (1,06%), com aumentos das passagens aéreas e da gasolina. O menor foi o de Belém (0,06%), onde o IBGE destaca queda no açaí e na farinha de mandioca. Na região metropolitana de São Paulo, o índice foi de 0,12%, em agosto, para 0,61%. Em 12 meses, varia 5,30%.
Fonte: Rede Brasil Atual