O Dia Nacional de Combate à Pobreza – 14 de dezembro -, foi lembrando hoje, em plenário, pelo deputado José Guimarães (PT-CE). Ele destacou que o Brasil, sob o governo Bolsonaro, caminha para ter mais de 20 milhões de pessoas voltando à pobreza extrema. “São famílias brasileiras que, neste momento, não têm mais o direito de comer 3 vezes por dia, como tinham nos governos liderados pelo presidente Lula. Neste momento se comemora com indignação o desastre econômico e social implantado por este governo e agravado com o desemprego. A fome se alastra por toda a Região Nordeste”, lamentou.
O que é mais impactante, na avaliação do deputado, é que no governo Lula foi criado um dos mais importantes programas de convivência com o semiárido nordestino, o das cisternas de placa. “Naquela época, foi estabelecida como meta a instalação de 1 milhão de cisternas. Até 2016 nós construímos e entregamos 1 milhão e 300 mil cisternas, beneficiando 5 milhões de brasileiros e brasileiras, especialmente aqueles do semiárido nordestino”, citou.
Guimarães frisou que as águas da chuva armazenadas quando chove servem para as famílias beberem e cozinharem. “A inexistência, o fim desse programa inclusive cria problema na questão da segurança alimentar das pessoas, porque várias regiões, em que pese as enchentes na Bahia, estão sem água para beber. Havia um programa para salvar, para dar segurança hídrica para as famílias em situação de pobreza, mas o governo Bolsonaro, do ano passado para cá, colocou zero recurso, extinguiu o programa. E, para aniquilar tudo, agora extinguiu também o Bolsa Família”, lamentou.
O parlamentar do PT cearense citou ainda que o Brasil vive um outro problema: a extinção dos programas sociais que davam dignidade ao homem do campo. “Hoje, as famílias no Nordeste estão tendo uma única esperança: a espera da chuva”, afirmou, pedindo sensibilidade dos deputados e senadores para que, na hora de votar o orçamento de 2022, possam destinar recursos para essas áreas que são centrais para a convivência com o semiárido nordestino.
“As pessoas, às vezes, ficam questionando sobre o motivo do presidente Lula ser tão forte no Nordeste. Sabem por quê? Por causa das políticas de inclusão social que ele fez para essas famílias que sobrevivem no semiárido nordestino, o calor no fundo do coração. Elas tinham dignidade, tinham água, tinham comida, tinham crédito, tinham o Agroamigo dos bancos públicos. Hoje elas não têm praticamente nada”, conclui.
Vânia Rodrigues