A “Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas”, que reúne entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) promoveu um café da manhã com parlamentares nesta quarta-feira (8).
Presente ao evento, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que as entidades reafirmaram o compromisso de lutar pela reforma política. “Chamou a atenção o compromisso, cada vez mais forte, das entidades que fazem parte da Coalizão com a retirada das empresas do financiamento eleitoral, com o teto de gastos nas campanhas e a limitação das contribuições de pessoas físicas. Esses pontos foram unânimes entre os presentes”, explicou.
O deputado Caetano (PT-BA), que também participou do encontro, destacou a importância de que toda a sociedade se aproprie desse debate. “Se isso não ocorrer, se essa discussão ficar entre as paredes do Parlamento, não teremos uma reforma que atenda aos interesses do povo brasileiro” salientou. Ele concorda com o presidente da OAB, Marcos Furtado Coelho, que elegeu o fim do financiamento privado de campanha como o ponto central para uma verdadeira mudança no sistema político brasileiro.
Coelho lembrou que embora a opinião pública não tenha muito apreço pelos partidos no Brasil de hoje, não há democracia sem partidos fortes e programáticos. O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, disse que há um consenso no País de que o sistema político está esgotado e que é preciso acabar com a nefasta influência do poder econômico. “Não é porque foram eleitos que os políticos representam o conjunto da sociedade. Nós sabemos o que o dinheiro pode fazer”, afirmou.
Ele avalia que a expectativa é que a reforma possa contribuir para a construção de um Brasil melhor e é urgente abrir mais espaços para o diálogo com a sociedade sobre esse tema. Dom Leonardo disse ainda que todas as forças progressistas do Brasil, acima de ideologias ou preferências partidárias, devem se posicionar firmemente contra qualquer movimento que pregue a volta de regimes não democráticos.
O relator da reforma, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) agradeceu a contribuição das entidades e afirmou que levará em consideração a proposta de reforma apresentada pelas entidades ao Congresso Nacional, em especial a que trata do fim do financiamento das campanhas eleitorais pelas empresas.
Equipe PT na Câmara com Assessoria do deputado Caetano