O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS), em conjunto com entidades, sindicatos e movimentos sociais da área da saúde, realizarão ato virtual em defesa da democracia, da luta antimanicomial e do cuidado em liberdade. O ato também será em solidariedade ao deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que tem sido atacado por defender a luta antimanicomial.
A cerimônia ocorrerá na próxima quinta (10/12), às 19h, durante o 7º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Na ocasião, haverá também a entrega, de forma presencial, de um manifesto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).
Para o vice-presidente do CNDH, Leonardo Pinho, “o Ato em Defesa do Cuidado em Liberdade é fundamental nesse momento em que temos uma agenda de regressividade nas políticas públicas de saúde mental e drogas no Brasil, onde o isolamento social e a ambulatorização do cuidado voltam com centralidade”.
Em outubro, os conselhos publicaram uma nota conjunta onde repudiaram a abertura de processo ético, por parte do Cremesp, contra o deputado Alexandre Padilha. O parlamentar sofreu represálias por defender a luta antimanicomial e uma política de saúde mental pública não segregativa.
Sociedade livre de manicômios
“É um momento muito difícil que estamos atravessando e precisamos juntos reforçar nossos compromissos por uma sociedade livre de manicômios. Estamos ao lado daqueles que denunciam todas as violações de direitos humanos e defendem o tratamento humanizado e o cuidado em liberdade para todos”, afirma o presidente do CNS, Fernando Pigatto.
O 7º Congresso Brasileiro de Saúde Mental ocorrerá de forma virtual, de 9 a 11 de dezembro. Com o tema “Desorganizando Posso Me Organizar: Lutas, Afetos e Resistências Antimanicomiais”, o evento vai debater as experiências de resistências dos saberes e práticas do cotidiano dos territórios no contexto da crise da Democracia e da Reforma Psiquiátrica brasileira e latino-americana.
Por SUS Conecta