A presidenta Dilma Rousseff inaugurou nesta terça-feira (2), em Brasília, a Casa da Mulher Brasileira, uma das referências de política pública implementada pelo governo, que visa o enfrentamento e o combate à violência contra a mulher. A unidade é a segunda a ser inaugurada no País e integra o programa Mulher Viver sem Violência, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
Ao lado de Maria da Penha, personalidade que se tornou símbolo da luta contra a violência contra a mulher no Brasil, a presidenta Dilma fez o descerramento da placa de inauguração da Casa da Mulher Brasileira. “As mulheres vítimas de violência, no DF ou em qualquer lugar deste nosso imenso Brasil, têm o meu apoio, o apoio do meu governo”, assegurou Dilma.
“Esse processo encontra aqui um momento especial, quando se instala a Casa da Mulher Brasileira que significa proteção à violência, abrigo contra o opressor- agressor e apoio para as mulheres começarem uma nova vida”, destacou a presidenta.
Durante seu discurso, Dilma ressaltou que o combate à violência contra a mulher também significa o reconhecimento do papel que ela exerce na sociedade. Para a presidenta, seu governo tem a dupla missão de prevenir e combater a violência a que as mulheres são submetidas e, ainda, dar oportunidades para que elas consigam traçar seus próprios caminhos.
“O meu governo tem o objetivo de criar as condições para que as mulheres conquistem cada vez mais autonomia econômica e passem a dirigir a própria vida. A mulher tem que ser sujeita da sua própria vida”, enfatizou a presidenta. De acordo com a presidenta, o governo federal deve instalar a Casa nas 27 unidades de federação até 2018.
Para a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, a iniciativa faz parte de uma política pública que liberta as mulheres do ciclo da violência. Para ela, a Casa rompe o gargalo do acesso, de acolhimento da mulher em situação de violência. “A Casa da Mulher Brasileira é a continuidade de uma política pública que transforma radicalmente a vida das mulheres em situação de violência, da família e da sociedade e chama todas as pessoas para aderirem à tolerância zero contra a violência à mulher”.
De acordo com a ministra, as unidades contam com todos os serviços especializados para atender a mulher vítima de violência, como delegacia, juizado, defensoria, promotoria, equipes psicossocial e de orientação para emprego e renda, além de brinquedoteca e área de convivência. A ideia é reunir em um mesmo ambiente todos os serviços necessários para a mulher que resolva denunciar e romper o ciclo da violência.
Para as deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Moema Gramacho (PT-BA), que prestigiaram o evento, essa iniciativa do governo dignifica a luta das mulheres vítimas de violência.
“Este é um espaço fundamental para que as mulheres possam ter todos os serviços que possibilitem a ressignificação de sua vida e interrompe a trajetória de violência que as destroem e desumanizam. Portanto, combater a violência contra a mulher é fundamental para se construir uma sociedade onde não exista medo de voltar para casa – uma sociedade mergulhada na cultura da paz”, disse Erika Kokay.
“O slogan ‘Acolhe, apoia e liberta’ traduz a importância da Casa da Mulher Brasileira. Esta é uma Casa que garante a prevenção e assistência de mulheres vítimas de violência. É importante que todas as nossas mulheres tenham uma casa que simbolize a integração de vários setores no combate à violência”, acrescentou Moema Gramacho.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) também participou do evento.
Benildes Rodrigues
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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