Foto: Gustavo Bezerra
No próximo dia 1º de Abril, três eventos na Câmara dos Deputados prestam uma homenagem à resistência e à luta pela democracia, nos 50 anos do Golpe de 1964. O objetivo dos atos públicos é resgatar a memória e promover o direito à verdade sobre fatos ainda obscuros da história brasileira.
O Dia da Memória e da Justiça começa às 9h30 com uma sessão solene em homenagem à resistência à Ditadura Militar e em defesa da democracia. A sessão solene atende a um requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB/SP). Neste mesmo dia será inaugurada a Exposição “Resistência e Reconstrução Democrática” nos corredores da Câmara dos Deputados. A exposição fica disponível para visitação até final de Maio.
Para às 14h está marcado um ato público da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) para reinstalação da Comissão Parlamentar da Verdade. Trata-se de uma subcomissão da CDHM criada em 2012, quando realizou o projeto de devolução simbólica dos mandatos dos 173 deputados cassados na época do regime. O evento será realizado no Auditório Nereu Ramos, no Anexo IV.
Às 17h haverá a cerimônia de aposição da escultura do busto do ex-deputado Rubens Paiva, no Hall da Taquigrafia da Câmara. Também em homenagem ao deputado, morto por militares durante a ditadura, será lançado o livro “Perfis Parlamentares – Rubens Paiva”, do autor Jason Tércio, às 18h no Foyer do Auditório Nereu Ramos. No mesmo auditório, às 18h30, começa o ato público com a presença dos presidentes do PT, PCdoB, PDT, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da CDHM, de familiares de João Goulart, Rubens Paiva e Honestino Guimarães e representantes das fundações Perseu Abramo, Maurício Grabois, Leonel Brizola e Alberto Pasqualini.
Os eventos alusivos aos 50 anos do golpe de 1964 são abertos à comunidade. E a intenção é que os atos públicos tenham caráter pedagógico.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Assis do Couto (PT-PR), a juventude conhece pouco da resistência ao Golpe de 1964. Por isso, o caráter pedagógico destes eventos é importante. “Estamos falando de 50 anos do golpe. Parece um acontecimento distante para a maioria dos jovens brasileiros. Por isso, atos como estes que mantém a memória viva do Brasil são tão importantes”, observou.
Assessoria da Comissão de Direitos Humanos