Câmara não pode seguir exemplo do STF e “liberar bandido”

As acusações contra o presidente ilegítimo Michel Temer são gravíssimas e precisam ser apuradas, afirmou na tribuna, nesta terça-feira (4), o deputado Luiz Couto (PT-PB).  Ele defendeu que a Comissão de Constituição e Justiça e o Plenário da Casa votem pela admissibilidade do pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Temer por corrupção passiva. “Queremos que seja aberto o processo, com amplo direito de defesa e que ele (Temer) possa ser cassado, porque ele não tem mais condições nem moral para continuar presidindo o País.

Luiz Couto lembrou que na acusação oferecida pela Procuradoria-Geral da República, o procurador Rodrigo Janot afirma que houve a atuação de uma “organização criminosa complexa”. Afirma ainda que Temer era o destinatário final da propina paga por executivos do grupo JBS. “O montante de dinheiro ilegal repassado ao presidente Temer pela empresa, segundo apurou a PGR, pode chegar ao patamar de R38 milhões em 9 meses”, destacou o deputado.

O dinheiro seria uma contrapartida ao Temer e por ele ter ajudado a empresa em processos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Luiz Couto explicou que na denúncia a PGR afirma que o ex-deputado e assessor especial de Temer, Rodrigo Loures representou os interesses dele em todas as ocasiões em que esteve com integrantes do grupo J&F. E, por meio dele, Temer operacionalizou o recebimento de vantagens indevidas em troca de favores pelo uso da estrutura e órgãos do Estado.

“Diante das provas apresentadas, não há como contestar a autoria e a materialidade dos delitos mencionados. Por isso, não podemos mais tolerar tamanha desfaçatez ocorrendo nos mais altos cargos da República”, reforçou Luiz Couto.

Vexame – O deputado Padre João (PT-MG) também defendeu, na tribuna, urgência na aprovação da abertura do processo contra Temer. “O Brasil está numa situação crítica no campo, na cidade, na questão econômica, em todas as áreas. O mais correto era a renúncia do Temer. Já que ele não tem bom-senso, não tem respeito para com os brasileiros, esse é um papel desta Casa”, defendeu.

Padre João disse que será um “vexame” se a Câmara, que cassou uma presidenta honesta, que não cometeu nenhum crime, negar a investigação. “Será um vexame, aqui teria que ser 100% pela cassação do Temer”, acrescentou.

Para o deputado, a Câmara não pode seguir exemplos do STF, “que libera bandidos, como foi o caso do senador tucano Aécio”, que não foi preso. “É um escândalo essa seletividade, essa parcialidade de setores do Ministério Público e setores da Polícia Federal”, finalizou.

Vânia Rodrigues

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