Em discurso na tribuna da Câmara, na quarta-feira (2), o deputado Caetano (PT-BA) conclamou os parlamentares a analisar a peça orçamentária encaminhada pelo governo, a partir da realidade que vive o país. Para ele, o déficit de R$ 30 bilhões (0,5% do PIB) no Orçamento para o ano de 2016 exige reflexão e diálogo que aponte a direção no sentido de resolver, e não criar problemas.
“É preciso encontrar os caminhos para que esse déficit realmente seja resolvido e, consequentemente, a gente encare e entre o ano que vem e, no ano subsequente, com superávit nas contas públicas para que o País possa voltar a crescer”, recomendou Caetano.
Caetano elogiou a presidenta Dilma que, ao apresentar o Orçamento de 2016, iniciou um amplo diálogo com o Congresso Nacional. Na sua visão, a presidenta tem contemplado os anseios da oposição e de setores que se manifestaram pelas ruas do país cobrando ajustes internos do governo, ao cortar gastos dentro da própria estrutura governamental. Como exemplo, o petista apontou a redução no número de ministérios anunciado pela presidenta.
´”É preciso que se reduza mesmo. É preciso que, imediatamente, a presidenta Dilma mostre para o Brasil essa realidade interna do Governo, no sentido de trazer um novo desenho da gestão pública do Governo Federal”, defendeu Caetano.
Ainda defendeu o deputado que a nova estrutura administrativa pensada pelo governo seja amplamente debatida com setores da sociedade como os movimentos sociais, sindicais e a representação do empresariado. “Se o povo participa, consequentemente o Governo vai ter condições de fazer o melhor desenho, ouvindo a sociedade”, avaliou Caetano.
Como parte desse novo modelo de gestão administrativa, o petista fez questão de chamar a atenção para a aprovação do Pacto Federativo, em primeiro turno, pelo plenário da Câmara, nesta semana. A proposta foi analisada em comissão especial da qual ele foi integrante.
“Estamos trazendo essa proposta para fortalecer cada vez mais os municípios brasileiros, a economia local, os territórios, as cidades, as regiões”, frisou. “O novo municipalismo brasileiro irá fortalecer a economia e dar autonomia cada vez mais aos municípios”, reiterou Caetano.
Benildes Rodrigues
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