As mobilizações contra a chamada “PEC do Fim do Mundo” continuam e os protestos estão marcados para os próximos dias em defesa da saúde e da educação. A PEC 241 foi aprovada em votação de primeiro turno na segunda-feira (11) na Câmara dos Deputados, com voto de 366 deputados.
Na prática, a proposta de emenda à Constituição impõe um teto para os gastos públicos, imobilizando o Estado por 20 anos. É a principal bandeira do governo golpista de Michel Temer e deve beneficiar sobretudo banqueiros e rentistas ao liberar o orçamento para o pagamento dos juros da dívida pública.
Para o secretário Nacional de Movimentos Sociais do PT, Bruno Elias, “a PEC 241 é um ataque sem precedentes do governo golpista de Michel Temer contra os direitos sociais no Brasil”. “É a conta do golpe sendo transferida para os trabalhadores e por todos os que precisamos de saúde, educação, previdência e assistência social nos próximos vinte anos”, explica.
Bruno ainda complementa que o PT, por meio de seus militantes e bancadas, seguirá na luta para barrar esta PEC da desigualdade e do Estado Mínimo.
Em São Paulo, o ato contra a PEC do Fim do Mundo é organizado pela Frente Democracia na Real e está marcado para a próxima segunda-feira (17), no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, às 18h. Já no Rio de Janeiro, a concentração será na Cinelândia, às 17h.
Em Brasília, a mobilização é organizada pela Frente Articulação e Resistência e está marcada para o dia 28 de outubro, na Esplanada dos Ministérios, às 18h.
Vale destacar que São Paulo e Porto Alegre já foram palco de ocupações em repúdio aos retrocessos impostos pelo golpista Temer com a proposta de congelar gastos públicos por 20 anos.
A aprovação da PEC 241, em primeiro turno, gerou uma grande mobilização contrária, que uniu a essa luta nomes como Drauzio Varella e Ana Moser. Artistas, políticos, deputados, intelectuais e economistas das mais variadas linhas econômicas criticaram a medida, e a hashtag #PECdoFimdoMundo já foi o assunto mais comentado no Twitter no Brasil. Vale lembrar que a medida ainda terá que passar por uma segunda votação na Câmara e por duas votações no Senado Federal.
Bruno Elias também reforça a importância “de apoiarmos a mobilização da CUT e de outras centrais sindicais para a greve geral do dia 11 de novembro e os atos e ocupações contra a reforma do Ensino médio e a PEC 241 impulsionadas em todo o país”, disse.
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