Brasil vai à COP-28 de cabeça erguida, afirma Marina Silva

Ministra Marina Silva explica sobre a queda do desmatamento na Amazônia, em comissão na Câmara Federal. Foto: Gustavo Bezerra

Após o Brasil reduzir o desmatamento na Amazônia em 49,5% neste ano, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o Brasil irá de “cabeça erguida” para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), que começa dia 30 de novembro em Dubai. A afirmação foi feita nesta terça (21) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

“Com essa redução do desmatamento, de janeiro a outubro, de 49,5%, evitamos lançar na atmosfera algo em torno de 250 milhões de toneladas de CO2. De janeiro a julho, evitamos lançar na atmosfera 183 toneladas de CO2. Isso representa 7% das emissões brasileiras. Portanto, é um ganho. Vamos para a COP-28 de cabeça erguida, porém, não conformados, porque o que nós queremos é chegar em desmatamento zero em 2030”, projetou a ministra.

Marina defendeu que desmatamento não se combate somente com comando e controle, mas também com aumento da produtividade para evitar expansão de áreas. “Os grandes [produtores] já fazem isso. Os pequenos precisam receber estímulo, assistência técnica, financiamento para que possam também fazer essa transição”.

De acordo com a ministra, a Pasta está comprometida com um novo ciclo de prosperidade que gere emprego, renda, mas ao mesmo tempo preserve as bases naturais do desenvolvimento. “O Brasil é uma potência hídrica, uma potência florestal, uma potência ambiental e, talvez, por isso, seja uma potência agrícola. É possível ser as três coisas sem precisar destruir mais florestas, pelas vantagens comparativas que temos”.

Plano Safra

Ela destacou que o Plano Safra de 2024 – trabalhada em conjunto com os ministros Carlos Fávaro (da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Fernando Haddad (Economia) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) – foi construído para que fosse a base para a transição da agricultura de baixo carbono. As exigências para quem aderir ao programa irá começar com exigências “baixas”.

“Ter o cadastro ambiental rural, fazer a regularização ambiental da propriedade, porque é preciso fazer uma transição, um caminho. As coisas não acontecem num passe de mágica, e, obviamente que é preciso ter os incentivos. Aqueles que já tem as boas práticas, que já estão com suas reservas legais adequadas, usando bioinsumos, mantêm a terra sempre verde, estes já terão algum incentivo, uma redução nos juros da tomada de recurso na ordem de 1%”, garantiu.

Acordo União Europeia

Marina Silva também falou sobre o acordo do Mercosul com a União Europeia que está à “beira de fechar”. Segundo a ministra, o governo brasileiro pleiteia que a União Europeia divida desmatamento legal e ilegal em suas métricas. “Entendemos que precisamos fazer o dever de casa e estamos fazendo”.

Preservação

Deputado Welter. Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

O deputado Elton Welter (PT-PR) elogiou as medidas adotadas pelo governo Lula e falou sobre o Fundo da Amazônia que estava parado desde 2019. O fundo foi reativado após decreto do presidente Lula e já conta com investimentos de diversos países. “Não tem que desmatar, tem que recuperar as terras degradadas e criar um ambiente de diálogo permanente e contínuo, porque é isso que vai dar garantia de que esses fundos – que garantem esse pulmão que é a Amazônia – de não se dissolver com o tempo. A Amazônia é estratégica para nós e para o mundo. O mundo sabe disse, por isso coloca dinheiro nesse fundo”.

Deputado Bohn Gass. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

“Preservar o meio ambiente é trabalhar pela sustentabilidade e eu tenho certeza que vamos continuar com firmeza trabalhando nesse aspecto”, observou o deputado Bohn Gass (PT-RS).

 

 

Deputado Marcon. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ao falar do agronegócio, o deputado Marcon (PT-RS) concordou com a ministra Marina Silva, quando ela disse que 98% do agronegócio está fazendo o dever de casa, mas os 2% que não fazem contaminam o restante. “Eu concordo com a senhora que a maioria do agronegócio quer preservar o meio ambiente, quer industrializar a produção para agregar valor. Agregando valor gera emprego, gera economia e divisas. Quando esses vêm para atacar o meio ambiente é um atraso, porque o avanço é aquilo que a senhora está discutindo com o ministro Carlos Favaro, com o ministro Paulo Teixeira que é a economia verde, que é a produção de alimento saudável, produzir para matar a fome do povo brasileiro”, finalizou o deputado gaúcho.

Assista a íntegra da audiência:

Lorena Vale

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex