O deputado Bohn Gass (PT-RS) repetiu em plenário, nesta terça-feira (13), o questionamento feito em rede social pelo ex-procurador da República Rodrigo Janot, que mostra seletividade e morosidade da justiça brasileira. “Vai ser assim?”. A pergunta de Janot e também do parlamentar petista é dirigida à procuradora-geral, Raquel Dodge, que seis meses após assumir o cargo ainda não homologou nenhuma delação premiada.
“A pergunta do doutor Janot é muito oportuna. Só que não deve ser dirigida apenas à procuradora, mas a todas as estruturas da justiça brasileira. Vai ser assim? As provas contra o presidente Temer, os senadores Jucá, Serra e Aécio, os ministros Moreira Franco, Padilha, Aloísio Nunes, e o governador Geraldo Alckmin… vão ficar por isso mesmo?”, indagou Bohn Gass.
O deputado enfatizou que na semana passada, o ex-empresário Marcos Valério deu depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais que explode o PSDB. “E aí, vai ficar assim?”, questionou.
Bohn Gass cobrou também o depoimento de Tacla Duran que aponta indícios de crime no âmbito da Lava Jato, como tráfico de influência, falsificação de documentos e prevaricação. “E o depoimento do Tecla Duran, e o julgamento do Lula sem prova, vai ser assim?”.
O deputado do PT gaúcho alertou que “quando a Justiça não age de forma igual, acaba o Estado de Direito”. E insistiu: “Vai ser assim no Brasil? Ou em lugar de democracia, teremos o que Emir Sader chamou de ‘democradura’, um regime de exceção que não respeita o resultado das eleições, que viola a Constituição e que persegue e condena opositores sem provas”.
Vânia Rodrigues