O líder do PT na Câmara, deputado federal Zeca Dirceu (PR) disse nesta quarta-feira (23), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pode ficar impune pela série de crimes, de toda a ordem, que cometeu nos últimos quatro anos. “Tudo aquilo que ao longo dos últimos anos denunciamos, agora parece mais provas contundentes que demonstram a nossa razão”, apontou Zeca Dirceu, em vídeo postado nas redes sociais.
“A Polícia Federal identificou mensagens do ex-presidente propagando, estimulando, orientando a divulgação de notícias falsas, de mentiras, de fake news. É o tal do gabinete de ódio, é a tal da indústria de fake news agora sendo provada, sendo revelada por uma ação de investigação muito bem conduzida pela PF”, completou o deputado.
Zeca Dirceu se referiu à mensagem com fake news, ataques ao STF e à Justiça Eleitoral encontrada no celular de um empresário que levou a PF a intimar o ex-presidente a prestar novo depoimento. A mensagem enviada em junho de 2022 consta em um relatório da Polícia Federal sobre a quebra de sigilo das comunicações de empresários bolsonaristas que trocaram mensagens de teor golpista.
Golpe
A mensagem de um celular identificado como “PR Bolsonaro 8” orientou o empresário a distribuir de forma massiva as fake news. “Que o Ministério Público, a Polícia Federal e o Judiciário, em especial, consigam dar curso a essas provas e que a condenação seja no rigor da lei. Bolsonaro não pode ficar impune!”, disse Zeca Dirceu.
A Polícia Federal convocou o ex-presidente no dia 31 de agosto. Será o quinto depoimento de Bolsonaro em investigações abertas pela PF. Bolsonaro já teve que depor sobre as joias doadas pelo governo saudita, sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, sobre a suspeita de fraude de cartões de vacinação e sobre o plano de golpe apontado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).
25 investigações
Bolsonaro já acumula ao menos 25 investigações em curso. O ex-presidente já responde a cinco inquéritos policiais no STF: de interferência na PF a vazamento de dados de investigação sigilosa, fake news sobre o sistema eleitoral e ainda pesa contra ele a suspeita de crimes durante a pandemia de Covid-19. É ainda alvo de ações na Justiça Eleitoral, além de pedidos de investigação pendentes na 1ª instância.
Assessoria de Comunicação líder Zeca Dirceu