Bolsonaro e a marca da corrupção: não é fake news

Líder do PT, deputado Reginaldo Lopes. Foto: Gustavo Bezerra

(*) Reginaldo Lopes

O desgoverno de Jair Bolsonaro já está registrado na história com a marca da corrupção. Nesta semana, foi a vez de o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e seus pastores amigos serem presos pela Polícia Federal. Todos acusados de negociatas no Ministério da Educação, que envolveram propinas ao ministro, aos pastores, inclusive com barras de ouro entre as ‘moedas’ de troca nas falcatruas.

Mas as denúncias de corrupção e as mentiras patrocinadas por Bolsonaro e o ‘Gabinete do Ódio’ não têm fim. Toda semana tem corrupção pululando no Executivo; e fake news bradadas pelo chefe do Executivo, que usa as redes sociais para tentar enganar o povo brasileiro.

Bolsonaro mente quando fala sobre os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis. O governo quer privatizar a Petrobras, no entanto, abarrota as contas dos acionistas da empresa com ganhos bilionários na bolsa de valores. Gasolina, gás e diesel caros são por culpa do Bolsonaro, que dolariza o preço dos insumos no País. Até CPI da Petrobras querem criar, como cortina de fumaça com intuito de encobrir a incompetência governamental.

E na relação do Executivo com o Congresso Nacional, o orçamento secreto foi mais uma artimanha de Bolsonaro a fim de favorecer seus aliados do Centrão, com emendas para distribuir dinheiro para que os deputados que o apoiam façam emendas à vontade. São milhões de recursos destinados aos ‘amigos do rei’.

Uma das mentiras mais contadas por Bolsonaro é que o “governo está há três anos e meio sem corrupção”. Qualquer averiguação demonstra o contrário. É só lembrar que o presidente capitão é chamado de ‘Rei da Rachadinha’. Quando deputados, Bolsonaro e seus filhos embolsavam parte do salário de seus assessores.

Mas a mamata está no DNA de Bolsonaro. Conforme auditoria recente do TCU, os gastos com o cartão corporativo da Presidência da República chegaram a R$ 21 milhões nos últimos dois anos. Contudo, ele insiste que é um “homem do povo”, mas torra dinheiro público em motociatas, férias, além de outras farras às custas da fome do povo.

E a familícia gosta mesmo é de mamata. Em 2021, Flávio Bolsonaro adquiriu uma mansão de R$ 6 milhões em Brasília numa negociata nebulosa. No mesmo ano, descobriu-se que Jair Renan e a mãe, Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, se mudaram para uma mansão de R$ 3,2 milhões.

Na Justiça, Bolsonaro também é investigado em seis inquéritos pelo STF e TSE, entre eles, o de denúncias do esquema de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19, em plena pandemia.

No governo de corruptos, alguns dos ministros falcatruas deixaram o governo. Além de Milton Ribeiro (MEC), Ricardo Salles saiu do Meio Ambiente investigado por contrabando de madeira ilegal; e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) caiu acusado de participar de um esquema de corrupção em Minas Gerais.

Os exemplos acima demonstram que o governo Bolsonaro é um promovedor do caos de toda ordem. Mas sempre há tempo de lutar pelo tempo perdido. A esperança está logo ali, em outubro, quando o País elegerá Lula presidente, e o Brasil se reencontrará com a cidadania, a soberania, a dignidade humana, o desenvolvimento social e econômico, com paz e promoção de igualdade e justiça social.

(*) Reginaldo Lopes é economista e deputado federal, líder da Bancada do PT na Câmara Federal

Artigo publicado originalmente na Revista Focus , da Fundação Perseu Abramo

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