Bolsonaro desmonta todo o sistema nacional de meio ambiente, denuncia Nilto Tatto

O deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou em plenário, nesta quarta-feira (8), que o Ministério do Meio Ambiente se tornou uma “extensão do Ministério da Agricultura, do interesse do agronegócio mais atrasado deste País”. Ele defendeu uma ofensiva da Câmara dos Deputados contra a política ambiental adotada pelo governo Bolsonaro, de afrouxamento do licenciamento ambiental, travestido de eficiência de gestão, que na sua avaliação está desmontando todo o sistema nacional do meio ambiente e comprometendo o futuro do País.

Nilto Tatto citou ainda o manifesto contra as políticas ambientais do governo Bolsonaro, assinado por oito ex-ministros do meio ambiente – todos do período democrático brasileiro. “O documento faz um alerta a esta Casa, ao Congresso Nacional e ao povo brasileiro sobre o desmonte da governança socioambiental do Brasil, em afronta à Constituição”.

O documento é assinado pelos ex-ministros Rubens Ricupero, Gustavo Krause, José Carlos Carvalho, Marina Silva, Carlos Minc, Izabella Teixeira, José Sarney Filho e Edson Duarte.

“O texto fala do comprometimento do futuro do País, das responsabilidades que o Brasil tem com o cuidado de suas florestas, seu solo, do meio ambiente, das responsabilidades que o Brasil assumiu nos acordos internacionais sobre mudanças climáticas, sobre biodiversidade” explicou Nilto Tatto.

O deputado disse que é possível, sim, desenvolver o País, criar emprego, gerar renda e, ao mesmo tempo, cuidar das futuras gerações, dos recursos naturais. “A própria agricultura corre risco se acabarmos com a Floresta Amazônica. A ciência está dizendo isso”, reforçou Tatto.

Manifesto

No documento os ex-ministros destacam que as iniciativas em curso no Ministério do Meio Ambiente comprometem a imagem e a credibilidade internacional do Brasil, citam que a governança socioambiental está sendo desmontada e que as ações esvaziam a capacidade de formular e implementar políticas públicas no Ministério do Meio Ambiente.

Os ex-ministros criticam o afrouxamento do licenciamento ambiental, a perda da Agência Nacional de Águas, a transferência do Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura, a extinção da secretaria de mudanças climáticas, a ameaça às áreas protegidas, ao Conselho Nacional do Meio Ambiente e ao Instituto Chico Mendes.

Citam ainda que a credibilidade do Brasil no Acordo de Paris é questionada frente a posições do governo que “reforçam a negação” das mudanças climáticas; criticam a ausência de diretrizes objetivas sobre o tema; alertam para o risco real de aumento  descontrolado do desmatamento da Amazônia; pedem urgência na continuidade do combate ao crime organizado em ações de desmatamento e criticam o discurso contra órgãos de controle ambiental, como Ibama, ICMBio e Inpe, o que reforça a sensação de impunidade e leva a mais desmatamento e violência.

Os ex-ministros pedem ainda o fortalecimento de regras que componham o ordenamento jurídico ambiental brasileiro; alertam contra os ataques ao Código Florestal, citam a preocupação com as políticas em relação aos povos indígenas e pedem urgência para que o Brasil reafirme sua responsabilidade na proteção ao meio ambiente.

Vânia Rodrigues, com agências

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100