O deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) foi eleito hoje (17) o novo presidente da Frente Parlamentar de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Câmara dos Deputados. Ao tomar posse em substituição ao deputado Zé Silva (PDT/MG), o parlamentar gaúcho afirmou que a principal tarefa da Frente será acompanhar a estruturação da Agência Nacional de Ater criada pela presidenta Dilma “para que o órgão possa atuar de modo a universalizar, de fato, o acesso à assistência técnica em todo o país”.
Bohn Gass disse que a oferta pública dos serviços na área é tarefa dos governos. “Quem é do campo, sabe: agricultores familiares não têm recursos para pagar por assistência técnica e extensão rural; no entanto, são serviços fundamentais para o desenvolvimento das atividades agropecuárias. É, portanto, dever do Estado, oferecê-los”.
Neste sentido, a consolidação da Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural foi, segundo Bohn Gass, a maior conquista do setor nos últimos anos. “Os governos neoliberais sucatearam essa área. A ideia era mais ou menos esta: quem quer assistência rural que pague por ela. Quando Lula chegou à presidência, isto começou a mudar. “
O parlamentar lembrou que, com o governo do PT, agricultores, extensionistas, técnicos rurais, sindicatos de trabalhadores, entidades representativas do setor, acadêmicos e parlamentares que nunca desistiram de lutar por uma assistência técnica rural pública foram chamados a construir uma política nacional. “Graças a esta mudança, hoje mais de um milhão de agricultores familiares são atendidos pelas ações de extensão rural e assistência técnica”, disse.
Investimentos – O mérito dos governos de Lula e Dilma, afirmou o parlamentar, foi ouvir a voz do campo. “O Brasil atual tem investimentos federais da ordem de R$ 850 milhões nestas atividades. Ainda é pouco, precisamos avançar, mas é importante registrar que o sucateamento foi estancado e, ao contrário, a assistência técnica e a extensão rural vêm ganhando importância. O maior exemplo desta valorização foi a criação, pela presidenta Dilma, da Agência Nacional que vai coordenar a aplicação da política em todo o país.”
Os principais desafios, para Bohn Gass, são: ampliar o número de extensionistas, melhorar a remuneração destes profissionais, qualificá-los constantemente com cursos de capacitação e atualização e democratizar ainda mais o acesso à Ater.
Bohn Gass disse considerar muito importante o fato de que a ideia desse apoio público está intimamente ligado àagricultura sustentável. “O caminho para o futuro passa, necessariamente, pela sustentabilidade, pela busca de tecnologias cada vez menos poluentes, de produção limpa e de alimentos cada vez mais saudáveis. E é positivo constatar que em todos os espaços que discutem a oferta pública da extensão rural, está presente, também, a questão da preservação ambiental”.
Assessoria Parlamentar
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