Liberação de créditos visa ao fortalecimento do setor de biocombustíveis, um passo importante do Brasil rumo à sustentabilidade e à soberania no setor energético;
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um passo importante rumo à matriz energética sustentável do Brasil, ao aprovar, entre janeiro e outubro deste ano, R$ 3,9 bilhões em crédito para projetos de biocombustíveis. Esse montante, o segundo maior desde 2005, supera largamente o valor do mesmo período em 2023 (R$ 1,3 bilhão) e reflete o compromisso do banco com uma transição energética que alie crescimento econômico e sustentabilidade.
A expansão desses investimentos está diretamente vinculada ao fortalecimento do Fundo Clima, que recebeu um aporte de R$ 10,4 bilhões em abril. Com isso, o país acelera suas metas de descarbonização e reafirma sua liderança global na produção de combustíveis ecológicos, inaugurando um novo ciclo de desenvolvimento para a área. Esse movimento envolve também o robustecimento de cadeias produtivas ligadas ao hidrogênio verde e energias renováveis.
Leia mais: Aloizio Mercadante: “O BNDES resistiu e voltou”
Um dos projetos financiados é a usina de etanol de milho da cooperativa Coamo, em Campo Mourão (PR). O BNDES liberou R$ 500 milhões para a construção da unidade, que terá a capacidade de processar até 1.700 toneladas de milho diariamente, resultando em 765 mil litros de etanol. “Além de agregar valor ao milho, a produção de etanol ajuda a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa”, comentou Aloizio Mercadante, presidente do banco.
Nova fase para o Brasil
A aposta do BNDES em energias renováveis consolida uma nova fase para o país. Ao incentivar o uso de tecnologias limpas, o banco contribui para diversificar a matriz energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Dessa forma, combate as mudanças climáticas, ao mesmo tempo que movimenta a economia e gera empregos.
É importante lembrar que a produção de biocombustíveis no Brasil desempenha um papel estratégico na geração de postos de trabalho, tanto nas usinas quanto nas lavouras de matérias-primas como cana-de-açúcar e milho. O setor emprega diretamente e indiretamente cerca de meio milhão de pessoas, sendo um pilar essencial do agronegócio e das economias regionais.
Desafios à frente
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios, como a necessidade de aumentar a eficiência produtiva e reduzir os custos. A competitividade no mercado global exige investimentos constantes em pesquisa e desenvolvimento. Com o apoio do governo e de empresas, o país tem todas as condições de se consolidar no panteão dos produtores e exportadores de biocombustíveis, pavimentando o caminho para uma economia mais verde e próspera tanto internamente como em todo o mundo.
Leia mais: Novo PAC: BNDES garante R$ 3,3 bi à infraestrurura do MS e do CE e reforça setor estratégico
O papel do BNDES nessa transição vai além de financiar projetos: o banco se posiciona como articulador entre governo, indústria e sociedade, promovendo o desenvolvimento de soluções tecnológicas e a criação de empregos verdes. Esse movimento, alinhado com a política industrial de Lula, reforça o protagonismo do Brasil na construção de um futuro mais sustentável, equilibrando crescimento econômico e responsabilidade ambiental.
Da Redação da Agência PT