O deputado federal Antonio Carlos Biffi (PT/MS) comemorou hoje (8) os avanços na distribuição de renda que têm ocorrido no Brasil, notadamente a partir de 2003, com o Partido dos Trabalhadores no governo federal. Ele lembrou que entre 2000 e 2010, segundo o índice Gini, a desigualdade de renda caiu em 80% dos municípios brasileiros, algo inédito no País. Além disso, a última década reverteu uma tendência histórica de crescimento da desigualdade de renda. Entre 1990 e 2000, o mesmo índice registrou aumento na desigualdade em 58% das cidades brasileiras.
O avanço nos últimos dez anos, na visão do parlamentar, confirma o êxito da política socioeconômica implantada pelo governo do PT desde 2003. Biffi destacou que, entre 2000 e 2010, dois fatores foram fundamentais para essa marca histórica: geração de emprego (mais de 19 milhões de empregos com carteira assinada, a partir do governo Lula) e transferência de renda, com valorização do salário mínimo e instituição do programa Bolsa Família, que beneficia mais de 13 milhões de famílias e tornou-se referência mundial como instrumento de justiça social.
Marca histórica – Biffi disse que o avanço obtido pelo país trouxe resultados positivos para todas as camadas sociais, já que, de acordo com o levantamento, entre 2000 e 2010, o rendimento médio dos 10% mais ricos de cada município cresceu 60% e a renda média dos 20% mais pobres cresceu 217%.
“Considero mais uma marca histórica obtida pelo governo do PT em prol do desenvolvimento do nosso país, pois, em dez anos, conseguimos reduzir a distância entre o topo e a base da pirâmide social em quase um terço. Isso é muito significativo e merece, no mínimo, atenção”.
Mato Grosso do Sul – Biffi explicou também que o avanço nacional se reflete em Mato Grosso do Sul, pois, de acordo com os indicadores , entre 2000 e 2010, dos 79 municípios sul-mato-grossenses, 63 registram queda na desigualdade de renda, três não oscilaram e apenas treze ainda não conseguiram avançar.
“Graças às inúmeras ações do governo federal, o nosso estado conseguiu acompanhar o excelente avanço registrado em todo País. A meta agora é trabalhar esses poucos municípios que ainda não conseguiram avançar e melhorar a situação dos municípios que já sentem o reflexo do desenvolvimento”, salientou Biffi.
A cidade brasileira que registrou a maior queda na desigualdade de renda foi Emilianópolis, pequeno município do interior paulista, onde o índice Gini caiu pela metade na última década, de 0,76, em 1999, para 0,38 em 2010. Para efeitos de comparação, na década de 1990 o índice de Emilianópolis cresceu de 0,43 para 0,76. A reversão da tendência de crescimento da desigualdade e a relevante queda do índice Gini do município foi resultado do aumento da renda média da população, que na última década passou de R$ 373 para R$ 585.
Desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, o índice Gini é uma escala que varia de 0 a 1. Se, por exemplo, todos os habitantes de São Paulo tivessem a mesma renda, o índice Gini da capital paulista seria 0. Já se um único morador concentrasse toda a renda da cidade, o índice Gini seria 1. A queda do índice nem sempre é um fator positivo para o país. Diferente do que aconteceu na última década no Brasil, com a queda do índice motivada pelo aumento da renda dos mais pobres, nos anos 1980 houve uma redução no índice Gini motivada pelo empobrecimento dos mais ricos, em meio a recessão na qual o país estava imerso.
Segundo o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcelo Neri, as grandes razões para os resultados alcançados na última década na redução da desigualdade de renda são os aumentos reais do salário mínimo e a formalização dos empregos. De acordo com uma pesquisa do instituto, o aumento da renda obtida no trabalho formal foi responsável por 58% da redução no índice Gini. Já o programa Bolsa Família, do governo federal, foi responsável por 13% da redução.
Equipe PT na Câmara, com assessoria parlamentar e agências
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara