O deputado Beto Faro (PT-PA) criticou, nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro por atrasar a liberação do auxílio emergencial de R$ 600, para atender aqueles que mais precisam de ajuda e apoio a fim de enfrentar a pandemia da Covid-19. Na opinião do parlamentar, esse descaso de Bolsonaro “é um ato deliberado do governo que traz prejuízos enormes aos trabalhadores que precisam ficar em suas casas para evitar mais contaminação com o coronavírus”.
Levantamento feito pelo G1 revela que faz duas semanas que a Caixa não libera novos créditos do auxílio emergencial. Segundo a reportagem, o último balanço dos pagamentos divulgado pelo banco, às 12h da terça-feira (13), apontava que haviam sido creditados até então R$ 35,5 bilhões a 50 milhões de brasileiros – mesmos números informados desde 30 de abril.
Para o deputado, não é de se estranhar esse comportamento de um presidente que vem descumprindo todas as orientações desde o início da pandemia, principalmente as orientações sanitárias para forçar a reativação da economia.
Beto Faro questionou ainda, o fato de a Caixa Econômica centralizar o repasse do seguro emergencial. “Essa questão da Caixa já podia ter sido resolvida. Por que o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Correios, não operam? São todos órgãos ligados ao governo federal que poderiam estar operando. Por que tem que ser só a Caixa?”, questionou o parlamentar.
De acordo com o deputado paraense, Bolsonaro sempre teve resistência a qualquer medida que venha beneficiar o trabalhador, o povo mais carente do País. “Primeiro, ele não queria os R$ 600, queria pagar apenas R$ 200. Nós fizemos todo um trabalho para chegar nesses R$ 600, e agora essa dificuldade tremenda para pagar”, reclamou Faro.
Ampliar o benefício
O petista lembrou da luta do Parlamento para ampliar o benefício ao maior número possível de profissionais. “A gente ampliou as categorias, e ele sempre tentou vetar e criar problemas para ampliar as categorias que fossem beneficiadas com esse programa”, criticou.
A ação do governo nesta quinta-feira (14), comprova o argumento utilizado pelo deputado Beto Faro. O presidente Jair Bolsonaro vetou a ampliação do auxílio emergencial para mais de 50 categorias, as quais foram aprovadas no PL 873, pelo Congresso Nacional. Ficaram de fora com esse ato presidencial, assentados de reforma agrária, artistas, pescadores artesanais, agricultores familiares, catadores de recicláveis, taxistas, motoristas e entregadores de aplicativo, entre outros profissionais.
Promessa
O governo anunciou ainda na quinta-feira (14), por meio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães que a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 será depositada a partir da próxima segunda-feira (18). Segundo Guimarães, o pagamento será escalonado com base na data de nascimento dos beneficiários. O cronograma exato será divulgado nesta sexta (15), às 15h.
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Benildes Rodrigues com informações do G1