Foto: Gustavo Bezerra
Após a sua primeira reunião com líderes da base aliada do Governo nesta quarta-feira (2) o ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, Ricardo Berzoini afirmou que criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) é prática recorrente da oposição em período eleitoral e revela ausência de proposta para o País.
Ele se referiu à criação, pelo Senado, de CPI para investigar supostas irregularidades na Petrobras.
“Já vimos aqui, nas disputas eleitorais de 2006 e 2010, situações semelhantes. A oposição, por falta de projeto para o Brasil apresenta proposta de CPI”, alfinetou Berzoini.
Ele reiterou que a iniciativa de criar várias CPIs para investigar a Petrobras não passa de manobra política, com vistas à disputa eleitoral.
“Uma CPI pedida em abril, a 180 dias da eleição, coincide exatamente com o calendário eleitoral. É uma iniciativa meramente eleitoral. Não é uma proposta para investigar seriamente”, observou Berzoini.
Para o ministro, com a manobra a oposição tenta suprimir o direito dos eleitores de debater o futuro do Brasil. Ele lembrou que o assunto objeto da CPI já está sendo tratado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União.
Sobre a sugestão apresentada pelos senadores da base aliada, que amplia a investigação para apurar a participação das empresas Alstom e Siemens no escândalo do metrô de São Paulo, conhecido como trensalão tucano, e para as denúncias de desvios nas obras do Porto de Suape, em Pernambuco, o ministro disse que essa foi a resposta encontrada para as manobras impostas pela oposição.
“Eles estão manobrando de um jeito e a base do governo tem direito de apresentar suas alternativas”, defendeu Berzoini.
A criação da CPI proposta pela base do governo no Senado foi uma iniciativa do líder do PT, Humberto Costa (PT-PE). “A ideia é ter uma só, porque o escopo da nossa é mais amplo”, disse Humberto Costa.
Benildes Rodrigues
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