Bendine: momento não é “oportuno” para discutir alterações no modelo do pré-sal

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Em reunião com os líderes partidários da base aliada na Câmara, nesta segunda-feira (21), o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que não é adequado discutir neste momento alterações no modelo de exploração do petróleo da camada do pré-sal. Para ele, a situação econômica desfavorável torna imprudente esse tipo de discussão. Bendine lembrou também que três modelos de exploração estão em funcionamento no Brasil atualmente. “Não queremos abrir um debate como esse no momento em que a empresa e a própria indústria vêm vivenciando no mundo, até porque os três modelos estão em vigor no País. Temos o modelo de concessões, de partilha e de cessão onerosa”, afirmou o presidente da estatal.

“Esse debate é rico, faz parte da discussão do Congresso procurar entender qual é o melhor modelo para o País. A Petrobras sempre vai cumprir aquilo que lhe for determinado, não cabe a ela fazer legislação sobre esse tema, mas o momento talvez não seja oportuno para abrirmos esse tipo de discussão, dado o cenário em relação ao mundo do petróleo”, argumentou o executivo.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), considerou “muito proveitosa” a reunião com Bendine e disse que a base aliada vai atuar nesta terça-feira (22) para retirar da pauta da Câmara o requerimento que pede urgência para o projeto que muda o modelo de exploração do pré-sal. “É preciso cautela e houve essa compreensão por parte dos líderes. Vamos trabalhar para não votar essa urgência e, inclusive, dialogar com a oposição para deixarmos esse debate mais para frente”, declarou Guimarães.

Opinião semelhante expressou o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC). “O presidente Bendine fez uma fala sucinta, didática e muito convincente, de modo que todos os líderes presentes aceitaram a sugestão de pedir a retirada do requerimento de urgência”, resumiu Sibá.

“O mercado do petróleo no mundo inteiro está em dificuldades. Qualquer mexida que fizermos agora não terá a garantia de que a Petrobras ou qualquer outra empresa terá dinheiro para ofertar bônus equivalentes aos que foram oferecidos no ano passado, que chegaram a 15 bilhões de reais. Portanto, o risco de perdermos muito dinheiro é enorme”, acrescentou o líder petista.

Rogério Tomaz Jr.

Foto: Salu Parente
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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