Mais uma vez, a base governista atuou para evitar a convocação de ministro do governo Temer acusado de graves irregularidades de vir à Câmara prestar esclarecimentos. Por 12 a 3, foi rejeitado o requerimento do deputado Jorge Solla (PT-BA) que convocava Eliseu Padilha, da Casa Civil, para explicar na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), as denúncias de que teria recebido R$ 8 milhões em propinas, conforme delação de dirigentes da Odebrecht na Operação Lava-Jato.
“O executivo Claudio Melo Filho disse que o dinheiro pago de forma ilegal foi requisitado durante reunião administrativa que tratava das concessões de aeroportos, e que este dinheiro estava atrelado a favores, como o adiamento do pagamento de multas e o bloqueio à concorrentes da Odebrecht. É o crime de corrupção clássico”, argumentou o petista.
“Para manter-se no cargo de ministro, Padilha precisa esclarecer ao país estas delações, ele não pode continuar no cargo calado, como se nada tivesse acontecendo. A Constituição criou o mecanismo de ele vir ao Congresso justamente para se explicar”, completou Solla.
O deputado também citou como fato a ser esclarecido os R$ 4 milhões pagos em dinheiro vivo a Padilha, conforme delatou Marcelo Odebrecht, após reunião com o então vice-presidente Michel Temer.
Assessoria Parlamentar
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