Em plena sexta-feira (7), a base aliada do presidente ilegítimo Michel Temer conseguiu quórum para abrir sessão ordinária do plenário, com o objetivo claro de acelerar o andamento do processo que está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Cinquenta e um deputados registraram presença em plenário, o que, na prática, reduz o número de dias que a CCJ teria para analisar se Temer deve ser investigado por prática de corrupção passiva.
De acordo com o rito processual, depois da manifestação da defesa do presidente – fato que ocorreu na semana passada – a comissão tem um prazo de até cinco sessões do plenário para debater e votar o parecer do relator com recomendação de prosseguimento ou rejeição da denúncia contra o ilegítimo Temer. Com a abertura da sessão desta sexta-feira, já estão contabilizadas duas sessões para esse prazo.
Ao que tudo indica, a ordem do Planalto é “correr” para evitar maior desgaste para o presidente, numa tentativa de tentar salvá-lo. Para garantir o quórum, líderes da base permaneceram em Brasília e fizeram uma intensa mobilização na quinta-feira (6), telefonando para deputados e pedindo para que eles adiassem o retorno aos seus estados.
Na próxima segunda-feira (10), às 14h30, já está marcada a leitura do relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) na CCJ, que é parte do procedimento necessário para processar o presidente. O Supremo Tribunal Federal (STF) só pode abrir a investigação se o pedido for autorizado pela Câmara dos Deputados. É uma proteção constitucional inerente ao cargo, para que o ocupante da Presidência não seja retirado da função apenas pelo Judiciário, precisando da autorização do Legislativo.
Segue anexa a lista dos deputados que marcaram presença nesta sexta-feira para apressar a investigação e tentar livrar Temer.
PT na Câmara com agência Câmara
Divulgaçã0