Uma das barragens da mineradora Vale rompeu nesta sexta-feira (25), no município de Brumadinho, na grande Belo Horizonte (MG). O rompimento foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que enviou equipes para o local. A defesa civil também foi acionada.
O rompimento foi na região do córrego do Feijão, na altura do km 50 da rodovia MG-040. Ainda não há informações obre a dimensão do acidente. Fotos enviadas por moradores da região aos Bombeiros mostram uma grande quantidade de lama atingindo casas.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) usou sua conta no Twitter para lamentar o ocorrido. “Minas é mais uma vez vítima de rompimento de barragem, desta vez em Brumadinho. Parece que o crime de Mariana pode não ter sido suficiente para que medidas de segurança fossem priorizadas”. A deputada se refere à tragédia ocorrida há 3 anos em Mariana, quando a barragem da mineradora Samarco se rompeu, causando a maior catástrofe ambiental do País. A empresa pertence às companhias Vale e BHP Billiton. O acidente à época deixou 19 mortos e dezenas de desabrigados.
Para Margarida Salomão dói relembrar Mariana. “Dói saber que as empresas têm quase zero interesse em investir em prevenção. Dói saber que o ministro do Meio Ambiente acha que a fiscalização no Brasil é exagerada e que crimes como o de Brumadinho vão se repetir cada vez mais”.
A deputada Margarida disse ainda que está na torcida para que não haja vítimas. Ela também anunciou que acompanharam os desdobramentos do desastre. “Vamos cobrar os responsáveis”, escreveu.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) também lamentou a tragédia. “Mais uma vez, a enxurrada de lama traz à tona uma nova tragédia, interrompendo novamente a vida das pessoas e deixando rastros de destruição. Estamos atentos às próximas notícias!”, publicou em sua conta no Twitter.
Na avaliação da deputada Erika Kokay (PT-DF), “mais uma vez o capitalismo e a exploração exacerbada devastam Minas Gerais”. Em sua conta no Twitter ela também manifestou solidariedade ao povo de Brumadinho.
Ainda no Twitter, internautas divulgaram fotos e vídeos da lama acumulada por conta da água que saiu da barragem. Alguns ainda alertaram o risco de ficar próximo ao local, pedindo aos moradores que se afastem da região. O helicóptero do Corpo de Bombeiros está sobrevoando o local em busca de feridos.
Alguns moradores da região – que residem na parte mais baixa da cidade – vão ter que deixar suas casas, segundo a Defesa Civil. Os técnicos estão buscando o local exato do rompimento.
Vale – Em nota, a Vale afirmou que o rompimento de uma barragem na Mina Feijão nesta sexta-feira fez com que os rejeitos atingissem a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
A Vale também informou que acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens. De acordo com a site da companhia, a Barragem VI – córrego do Feijão foi construída em 1991.
De acordo com o site da Vale há duas barragens com o nome Mina do Feijão, uma delas tem cerca de um milhão de metros cúbicos e a outra aproximadamente 290 mil m³ e é utilizada para a contenção de sedimentos e clarificação do efluente final.
PT na Câmara, com agências