Bancada Feminina não votará reforma política se não for aprovada cota de 30% para mulheres

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Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

A Bancada Feminina do Congresso Nacional deliberou, nesta quarta-feira (20), que nenhuma parlamentar votará as matérias da Reforma Política, bem como usará todos os recursos regimentais para obstruir a votação do relatório, caso não seja aprovado um mecanismo que proporcione o aumento da representação feminina nos parlamentos municipais, estaduais e federal. A proposta das parlamentares é a reserva obrigatória de 30% das vagas para mulheres no Senado, na Câmara, nas assembleias legislativas e câmaras municipais.

Em comunicado divulgado pela Bancada Feminina, observa-se que, “dependendo do modelo adotado, as próximas eleições poderão ter uma abrupta redução de mulheres, que hoje já são de apenas 9,9% na Câmara dos Deputados. Isso coloca o Brasil na 124ª posição no mundo, atrás de países árabes e africanos”.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) considera “absolutamente fundamental” a deliberação das parlamentares. “Só teremos uma reforma política efetiva se enfrentarmos a sub-representação das mulheres no Parlamento. Não podemos mais perpetuar essa lógica derivada de uma sociedade eivada e machismo e de sexismo. Nós não podemos permitir que esse Parlamento continue marchando ao som e ao ritmo dos tambores do fundamentalismo que impera nesta Casa”.

Nesta quinta-feira, às 10h, a Bancada Feminina dará uma entrevista coletiva sobre o assunto, no Salão Verde da Câmara, com a presença da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres.

PT na Câmara
Foto: Salu Parente/PT na Câmara

 

 

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